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sexta-feira, 4 de outubro de 2024

Gama pede torcida, mas liberação é caminho longo e passaria pela CBF

Casos de Flamengo e Gama têm diferença. Rubro-negro tem autorização da Conmebol e alviverde precisaria de aceite da CBF para receber torcida

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Por Lucas Bolzan e Bruno H. de Moura

Em notas oficias, Gama e Flamengo falam a mesma língua. Ambos querem a volta das torcidas aos estádios o mais rápido possível. Nos bastidores, o rubro-negro articula para mandar o jogo de volta das oitavas de final da Libertadores, contra o Defensa y Justifica, no Estádio Nacional Mané Garrincha, em Brasília. Conforme apuração do Correio Braziliense, o Governo do Distrito Federal (GDF) trabalha para liberar 10% da capacidade da arena para a partida. O alviverde seguiu a maré flamenguista e publicou nota, mas os casos são diferentes.

O Gama citou o caso do Flamengo, mas as situações diferem. A articulação flamenguista no âmbito da Libertadores começou após a Conmebol liberar a presença de público em suas competições. No início da semana, a entidade máxima do futebol sul-americano explicou que seria necessária “apenas” a liberação dos governos estaduais para tornar a medida efetiva. Após a experiência com problemas na final da Copa América, no sábado (11/7), o Governo do Estado do Rio de Janeiro esquivou da questão. A negativa fez o clube rubro-negro buscar Brasília como reduto para receber público no torneio continental.

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Atualmente, o Gama disputa a Série D do Campeonato Brasileiro. A competição é organizada pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e, com isso, o clube alviverde precisaria da chancela da entidade nacional para conseguir o mesmo que está sendo tentado pelo Flamengo. Ou seja, não basta apenas a liberação governamental, o que está próximo de acontecer no Distrito Federal, mas também uma autorização da confederação responsável pela competição autorizando a presença do público nas partidas do respectivo torneio. A priori, se o GDF autorizar, a aplicação seria apenas na Libertadores.

No país, a questão é gerida pela Diretriz Técnica Operacional da entidade. O primeiro conceito do documento diz que “a temporada 2021 do futebol seguirá sem público. Qualquer alteração nesse quadro será devidamente comunicada”. Em setembro, em nota publicada em seu site oficial, a CBF declarou-se “favorável ao retorno gradual do público aos estádios, desde que com aval das autoridades de saúde locais, de forma isonômica e guiado por todas as medidas protetivas previstas”. O aceite, porém, só aconteceria em âmbito nacional, o que rechaça a abertura em regiões isoladas.

Foto: Ascom/Gama

Em contato com a reportagem do Distrito do Esporte, o diretor de competições da Federação de Futebol do Distrito Federal (FFDF), Márcio Coutinho, disse que a entidade não recebeu indicações de mudanças. “Não temos nenhum conhecimento sobre esta nota divulgada pelo Gama. A questão de público é de responsabilidade da Conmebol, para eventos dela. Até então, em relação a competições da CBF, a nosso conhecimento, está vetado a presença de público em competições nacionais e locais, tendo em vista que somos filiados a entidade”, explicou.

Nos bastidores, atualmente, a CBF não dá nenhuma indicação de que deve ceder para a volta de público durante a realização de jogos das quatro séries do Campeonato Brasileiro. Recentemente, a entidade não embarcou em uma ideia semelhante semeada no Distrito Federal. Durante a negociação para a disputa da Supercopa do Brasil entre Flamengo e Palmeiras no Mané Garrincha, em abril, o governador Ibaneis Rocha sugeriu a liberação em moldes parecidos: parte do estádio aberto para a presença de profissionais da saúde vacinados contra o coronavírus.

À época, a entidade brasileira, porém, preferiu não arriscar por não ter garantias de que o plano seria viável. Nas próximas quatro rodadas como mandante na Série D do Brasileirão, o alviverde fechou um pacote para atuar exatamente no Estádio Nacional Mané Garrincha, mesmo local que deve ser liberado para receber torcida na próxima semana. Portanto, para ter o mesmo direito na competição nacional, o Gama precisaria do aval da CBF. O último jogo do alviverde com público como mandante foi em 4 de março de 2020, quando recebeu 1.085 pessoas no empate por 2 a 2 com o Capital, no Bezerrão.

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4 COMENTÁRIOS

  1. Sou gamense, mas essa atitude e lamentável! Acho que primeiro a diretoria e os jogadores precisam começar a pensar em classificar o time pra próxima fase. Com esse futebol jogado pelos jogadores deviam ter vergonha de pedi que a torcida assistisse. E não adianta vim de mimi dizer que o time do Rio pode ou vai, esse mesmo time é uma vergonha por suas atitudes extra campo.

  2. A foto acima da reportagem ilustrada bem como a torcida do Gama é apaixonada pelo time mais querido do DF! Quase todos os torcedores vestindo a camisa alviverde. E olha que a foto mostra torcedores comuns, ou seja, que não fazem parte da torcida organizada (Ira), que veste 100% as cores do Gama.

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