Este fim de semana foi esquecível para os representantes do DF nesta Série D. Em casa, o Real Brasília perdeu para o Iporá por 2 a 0. Na tarde deste domingo, outro candango entrou em campo pela quarta divisão nacional. O Brasiliense percorreu mais de 300 quilômetros desde Taguatinga até Catalão, cidade do interior de Goiás, casa do Clube Recreativo Atlético Catalano – o Crac. No fim da tarde, a festa foi da torcida local: os catalanos dominaram o Jacaré e venceram a partida pelo placar minímo de 1 a 0, na Arena Rifertil.
Dentro de campo e empurrado pelo ímpeto de sua torcida, o Crac dominou os momentos iniciais do confronto. Tamanho domínio foi refletido na porcentagem de posse de bola durante os primeiros minutos, registrado em 63% pelos mandantes. Mesmo com as chegadas agudas ao gol do Jacaré, os donos da casa acumulavam chances desperdiçadas. Sem espaço para trocar passes, o Brasiliense ficou encurralado e finalizaria ao gol pela primeira vez apenas aos 33′ do primeiro tempo.
Entretanto, mesmo com o domínio e as grandes chances dos catalanos, o primeiro e único gol da equipe sairia no início da segunda etapa. Jeremias balançou as redes após chutar à meia distância e contar com um desvio na defesa para sacramentar a vitória alviceleste. Por sua vez, o Brasiliense se lançou ao ataque após alterações promovidas pelo treinador Paulo Roberto Santos e teve chances de empatar o certame, mas a falta de eficiência nas finalizações determinou o placar final da partida: 1 a 0 para o Crac.
Primeiro tempo
Antes da entrada das equipes no gramado da Arena Rifertil, a torcida catalana preparou uma festa aos jogadores, com direito à fumaças, balões, confetes, fogos de artifício e a imprescindível bateria das organizadas. Dentro de campo, o Crac entrou na onda e empilhava oportunidades no gol defendido por Wagner Coradin. Quando o relógio assinalava 7′, Jeferson Vítor apareceu próximo a pequena área para tirar dois da marcação, mas bateu fraco e Wagner Coradin realizou a primeira defesa. Minutos depois, o camisa dez arriscou de longe após aproveitar o vacilo da defesa, mas o guarda-redes amarelo ficou com a bola novamente.
Jéferson era o principal nome do confronto até então. Na marca de quinze minutos, o meia passou a bola para Chico Bala, através de um chute potente à longa distância, obrigar mais uma defesa do goleiro do Brasiliense. Na cobrança de escanteio após o lance, o Crac perdeu a oportunidade de abrir o placar após um bate-rebate dentro da pequena área, mas Igor Morais tirou em cima da linha. Momentos depois, o camisa dez seguia infernizando a defesa do Brasiliense. Desta vez, recebeu belo cruzamento de Potiguar e cabecear e obrigar mais uma grande defesa de Coradin.
Apenas aos 33′ da etapa inicial veio enfim, a primeira finalização do Brasiliense no confronto. Após contra-ataque, Gui Mendes recebeu passe em frente à grande área e mandou um torpedo em direção à meta catalana, mas o goleiro da casa mandou para escanteio. Na cobrança do tiro de canto, Netinho cruzou na cabeça de Éverton Canela e obrigou mais uma defesa do arqueiro alviceleste. Dez minutos depois, Netinho cruzou e Aldo, ainda posicionado na área, cabeceou com força, rente à trave esquerda do Crac.
Segundo tempo
Seguindo a tônica da primeira etapa, o CRAC seguia se impondo dentro de casa e pressionando os brasilienses. Tamanho ímpeto foi suficiente para balançar a rede amarela quando o relógio apontava quatro minutos do segundo tempo. O ponta-esquerda catalano Jeremias recebeu a bola e logo arriscou um chute sem grandes pretensões ao gol de Wagner Coradin. Entretanto, a pelota desviou nos pés de Netinho, e terminou lentamente no canto esquerdo da meta amarela: 1 a 0 para os donos da casa.
Mesmo à frente, os catalanos seguiam na tentativa de ampliar o placar. Aos 10′, Chico Bala, numa tentativa não específica de cruzamento ou finalização em direção ao gol, surpreendeu o goleiro Wagner Coradin, atento para defender mais uma vez e evitar que o placar fosse ampliado pelos catalanos. Quatro minutos depois, Yuri Mamute recebeu enfiada de bola pelo lado direito e recuou para trás. Felipe Guedes recebeu o passe e logo chutou ao gol, mas a defesa do Jacaré interceptou.
Rumando ao fim da etapa final, Paulo Roberto Santos promoveu mudanças ofensivas à equipa amarela, até então, pouco criativa no certame. Dentre as mudanças, o volante Aldo deu lugar ao meia-atacante Lila; recém adicionado, foi o autor da origem do lance que quase empatou a partida. Após vacilo da defesa do Crac, um bate-rebate aconteceu dentro da grande área e Lila fez o pivô para Gabriel Galhardo, sem equilíbrio, chutar em direção à linha de fundo.
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CRAC – 1
Escalação: Cleriston; Potiguar, Ítalo Melo, Éder Lima e Chico Bala; Robson Alemão, Felipe Guedes e Jéferson Vítor 🟨 (Jaílson); Janderson (Adaílson), Jeremias ⚽ (Evanderson) e Yuri Mamute 🟨 (Alemão)
Técnico: Paulo Massaro
Brasiliense – 0
Escalação: Wagner Coradin; Netinho, Keynan, Igor Morais e Márcio Duarte (Romário); Aldo 🟨 (Lila), Gabriel Galhardo e Rodolfo 🟨 (Joãozinho); Gui Mendes (João Santos), Tobinha (Yan Carlos) e Everton Kanela
Técnico: Paulo Roberto Santos