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domingo, 19 de janeiro de 2025

#Fanáticos07: aos 61 anos, Iara tem tattoo do Gama e até recorreu à agiota

Iara Lopes, torcedora do 'Gamão do Povão', é a sétima personagem da série #Fanáticos, onde o Distrito do Esporte conta a história de torcedores assíduos da capital do país

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Distante dos tempos áureos onde competia com outros estados, o futebol do Distrito Federal ainda coleciona personagens, histórias e curiosidades pra lá de peculiares. Em breve, em 18 de janeiro, dez equipes, tradicionais e mais novas, entrarão em campo pelo Campeonato Candango em mais uma temporada. Cada um desses clubes conta com uma particularidade e torcedores diferentes, que seguem o clube em fases boas e ruins. Na série Fanáticos, o Distrito do Esporte contará a história de entusiastas de cada um dos times do Candangão 2025.

Hoje aos 61 anos de idade, Iara Lopes é uma das torcedoras mais conhecidas nos arredores do Bezerrão. Nascida e criada na cidade, se apaixonou pelo clube ainda na adolescência sob influência dos irmãos. “Meu irmão, que já faleceu, fazia parte da charanga, que hoje em dia se chama bateria. Eu e minhas irmãs íamos todo domingo: fazia sol ou chuva, estávamos lá. E para mim não existia o outro dia quando o Gama perdia. Nossa, eu chorava”, relembrou a gamense.

Ainda nos dias atuais segue fiel ao clube do coração. “Até hoje quando tem jogo eu não faço nada. Nem almoçar eu almoço, porque me dá nervoso. Eu só não vou quando não dá mesmo, pois não gosto de perder nenhum”. A paixão de dona Iara já a levou a fazer certas loucuras, como uma tatuagem com o escudo alviverde. “Sempre tive vontade de fazer, mas não tinha coragem. Quem me deu de presente foi a minha afilhada, em 2018. Criei coragem e fiz. Tinha que ter alguma coisa do Gama marcado para sempre”, contou sem o menor arrependimento.

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Gama
Iara eternizou na pele o ‘Amor Eterno’ que tem pelo Gamão do Povão. Foto: Arquivo pessoal

Mesmo assim, eternizar o escudo na pele não foi lá a primeira – e nem a última – prova de amor de Iara ao ‘Gamão do Povão’. Ela conta que em 2015 deu o famoso jeitinho para acompanhar uma partida do Alviverde no Rio de Janeiro. “Fui sem um tostão, mas arrumei dinheiro com agiota e parti. Meu filho Guilherme perguntou como iríamos e eu disse que daria um jeito. Eu fui em uma mulher que eu conhecia que mexia com isso e pedi R$800. Quando meu filho chegou de noite, perguntou de onde era. Eu falei: meu filho, ninguém morre pagão!”, recordou.

Nesta mesma viagem à Cidade Maravilhosa, Iara gosta de relembrar outra história. “Quando eu cheguei lá no estádio, nós fomos almoçar. Aí um rapaz, com aquele sotaque carioca, falou: que blusa bonita! Perguntei se ele tinha gostado, e ele disse que sim. Fui na van, peguei outra camisa que tinha na mala e dei para ele. Falei para que quando ele vestisse, lembrasse da Iara, de Brasília. Ele ficou todo alegre. Falei: Veste para você mostrar o meu Gama!”

Iara e o filho Guilherme em jogo do Gama no Estádio Marrentão, em Duque de Caxias. Foto: Arquivo pessoal

Passados cinco anos desde o último título candango conquistado pelo Alviverde, maior campeão do torneio, Iara espera que esse ano as coisas voltem a caminhar positivamente para o clube gamense. “A gente fica sempre naquela esperança que o Gama vai, vai e vai. Eu acho que esse ano vai dar bom pra nós. Porque senão… eu já estou de idade, não aguento mais estar sofrendo, não”.

Clique e leia mais sobre o Gama

O Gamão de Iara faz a primeira participação no Campeonato Candango de 2025 diante do Sobradinho, no Estádio Bezerrão. A partida acontece neste sábado, 18 de janeiro, às 19h30.

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