Distante dos tempos áureos onde competia com outros estados, o futebol do Distrito Federal ainda coleciona personagens, histórias e curiosidades pra lá de peculiares. Em breve, em 18 de janeiro, dez equipes, tradicionais e mais novas, entrarão em campo pelo Campeonato Candango em mais uma temporada. Cada um desses clubes conta com uma particularidade e torcedores diferentes, que seguem o clube em fases boas e ruins. Na série Fanáticos, o Distrito do Esporte contará a história de entusiastas de cada um dos times do Candangão 2025.
- Clique aqui e leia o primeiro episódio da série Fanáticos, com uma torcedora do Sobradinho
- Clique aqui e leia o segundo episódio da série Fanáticos, com um torcedor do Brasiliense
- Clique aqui e leia o quinto episódio da série Fanáticos, com um torcedor do Ceilândia
Ainda antes do ‘Sonho ser Real’, o Leão do Planalto nem sempre teve tamanha estrutura. Hoje campeão candango no masculino, figurinha carimbada na Série A do Brasileirão Feminino e seis vezes campeão do Candangão Feminino, o Real Brasília, há cerca de oito anos, nem tinha este nome. Nesta época, João Anísio, personagem do sexto episódio da série, já compartilhava simpatia pelo clube. “Minha história com o time é longa. Acompanho desde quando ainda era o Dom Pedro, ainda na Segunda Divisão, antes de se transformar no que é hoje”, iniciou o realense.
Morador da Vila Planalto, João conta que passou a amar ainda mais o Real quando o clube adotou um dos grandes patrimônios da cidade. “Nós, moradores, tínhamos o sonho da reformar o Defelê, que é o primeiro campo do DF. Depois do Real Brasília, o estádio veio a receber Messi e Neymar, quando os times da Copa América treinaram aqui. Para o campo que estava acabado há muitos anos, isso foi maravilhoso”, contou o torcedor.
A partir daí, a semente que já havia sido plantada anos antes, ainda quando o clube se chamava Dom Bosco, semeou de vez. “Fui me apegando ainda mais ao time. O Real nesses dez anos fez parte da minha vida. É um time que eu admiro por tudo que fez pela Vila Planalto. Minha paixão passa por tudo isso. Pela estrutura e por tudo que fez pela comunidade, com vários projetos sociais com crianças, onde atendem mais de 150 famílias. Isso é maravilhoso para a cidade.”
Com o amor já estabelecido, João viveu dias felizes e outros mais problemáticos ao lado do Leão do Planalto. “A maior celebração foi ver, depois de mais de 60 anos, uma final de um Campeonato Candango no Defelê. Lotado, contra o Brasiliense, em 2023, ganhamos e colocamos mais de 2 mil pessoas no estádio. Outra experiência bacana foi na reinauguração do mesmo. Muita chuva e muita lama, pelo fato do campo ainda não estar pronto. Foi top, mas foi perrengue. Teve até o filho do Ciro Machado do Espírito Santo (nome oficial do estádio), que veio de São Paulo para a inauguração.”
Para 2025, João espera evolução diante do apresentado pelo time na última temporada. “Ano passado não foi tão bom. Estamos passando por uma crise, mas espero que melhore e o Real volte a classificar entre os quatro, para jogar a final, ser campeão e partir para a Série D mais uma vez. Que as coisas se acertem e que esse ano seja melhor do que nunca.” A estreia do Real Brasília nesta edição do Candangão é fora de casa, contra o Ceilândia, no Estádio Abadião. A partida está marcada para iniciar às 16h de 18 de janeiro.
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