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domingo, 19 de janeiro de 2025

#Fanáticos05: pelo Ceilândia, Joseffer perdeu emprego e até terminou namoro

Joseffer Kelvin, torcedor do Gato Preto, é o quinto personagem da série #Fanáticos, onde o Distrito do Esporte conta a história de torcedores assíduos da capital do país

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Distante dos tempos áureos onde competia com outros estados, o futebol do Distrito Federal ainda coleciona personagens, histórias e curiosidades pra lá de peculiares. Em breve, em 18 de janeiro, dez equipes, tradicionais e mais novas, entrarão em campo pelo Campeonato Candango em mais uma temporada. Cada um desses clubes conta com uma particularidade e torcedores diferentes, que seguem o clube em fases boas e ruins. Na série Fanáticos, o Distrito do Esporte contará a história de entusiastas de cada um dos times do Candangão 2025.

Apaixonado por futebol, o Flamengo era a equipe que Joseffer acompanhava quando criança. Mas, devido à distância do time carioca, não se sentia tão flamenguista. É aí que entra José Manoel, mais conhecido nas ruas ceilandenses como ‘Seu Pelé’. “Minha paixão começou uns 12 anos atrás, com meu falecido avô. Ele ia aos jogos do Ceilândia e um dia pedi para ir. Eu gostei e começamos a ir juntos. Me identifiquei por ser o clube da minha cidade, onde nasci e cresci. Meu amor pelo clube é algo imensurável, não consigo descrever em palavras. O Ceilândia Esporte Clube faz parte da minha vida”, iniciou.

‘Seu Pelé’ foi quem apresentou Joseffer ao Ceilândia, ainda quando criança. De acordo, com o neto, o avô não era muito fã de camisas de time, mas era outro apaixonado pelo Gato Preto. Foto: Arquivo pessoal

Tamanha paixão pelo ‘Gato Preto’ prejudicou outros amores na vida de Joseffer. Ele conta que chegou a terminar um namoro por querer se aproximar ainda mais do clube. “Foi em 2021. Para mim, todo sábado era sagrado: eu tinha que ir para o Abadião. E minha namorada ficava muito incomodada. Eu dizia que quando ela me conheceu, já sabia que eu era assim. Ela tentava relevar, mas chegou um momento que não dava. Ela me chamava pra sair e eu não ia para poder ver o jogo, seja no estádio ou pelo computador. Minha prioridade era o Ceilândia. Ela ficou chateada e terminou por conta disso”, relembrou.

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Ainda assim, a parte emocional não foi a única afetada pelo amor ao Ceilândia. A parte profissional também foi mais uma vítima, ainda em 2021. “Eu comecei a trabalhar em um mercado no final do ano. Quando a temporada começou, era época de Candangão. Meu horário era das 15h até às 19h. Como eu disse, sábado eu ficava agoniado pra ver o jogo. Às vezes eu conseguia trocar os turnos ou dava meus pulos. Quando eu não conseguia, metia a ‘cara de pau’ e ia em uma UPA para pegar atestado. Não estava nem aí. Chegou a ponto de ter três atestados em um mês. A galera não gostou e me desligou do cargo.”

Em época de pandemia da Covid-19, Joseffer dava um ‘jeitinho’ para assistir aos jogos em cima da bilheteria do Estádio Abadião. Foto: Arquivo pessoal

Clique e leia mais sobre o Ceilândia: 

Para 2025, as projeções de Joseffer são as mais otimistas possíveis. “Espero que seja um ano de glória, com mais um título do Campeonato Candango. No fim, se Deus quiser, o acesso à Série C do Brasileirão”. Atual campeão, o Gato Preto estreia no Campeonato Candango de 2025 diante do Real Brasília. O Alvinegro Ceilandense é o mandante na partida que será realizada no Estádio Abadião, em 18 de janeiro, às 16h.

 

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