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quinta-feira, 21 de novembro de 2024

Exclusivo: gerente diz que Estádio Serejão tem “problemas gigantescos”

Segundo gerente do estádio, Serejão não tem condições de receber públicos acima de mil pessoas. Ele estima necessidade de R$ 4 a R$ 5 milhões para "paliativos"

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A notícia da possível transferência do jogo da Copa do Brasil entre Brasiliense e Atlético-MG para Cariacica, no Espírito Santo, voltou a expor os problemas de um dos principais palcos do futebol candango: o estádio Serejão, em Taguatinga. O local vivia a expectativa de voltar a ser utilizado após sete meses fechados na partida da competição nacional, mas não possui condições. De acordo com a Administração de Taguatinga, responsável pelo local, existes “problemas gigantescos” a serem resolvidos.

Em entrevista ao Distrito do Esporte na manhã desta quarta-feira (11/5), Daniel Leite, gerente do estádio, deu declarações preocupantes sobre a condição atual da praça de Taguatinga. Segundo ele, nas condições atuais o Serejão não tem condições de receber grandes públicos. O profissional ratificou, ainda, o antigo problema de obtenção de laudos pontuais de segurança para cumprir a agenda de jogos e estimou um valor milionário para deixar a arena em condições mínimas de funcionamento.

“O Serejão, hoje, não tem capacidade para atender público de mais de mil pessoas. Por isso, o jogo contra o Atlético-MG não vai poder acontecer lá. Qualquer jogo da Copa do Brasil ou a nível nacional que exige esse publico não pode ser feito”, enfatizou o gerente. Atualmente, a capacidade do estádio é de cerca de 27 mil lugares. Ou seja, mais de 95% das arquibancadas teriam que ficar fechadas para qualquer partida de grande porte acontecer com segurança no local.

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A situação caótica da arena da Administração de Taguatinga não param por aí. “Temos problema estrutural na parte hidráulica e elétrica que impede a gente a fazer mais eventos lá”, continuou Daniel. O gerente do estádio estabeleceu, ainda, um valor milionário para realizar as intervenções mínimas necessárias para o Serejão poder funcionar. “Na verdade, a gente precisa de um recurso de R$ 4 a 5 milhões para a gente poder fazer um paliativo que segure a onda”, ressaltou.

Brasiliense Juiz de Fora
Serejão passa por reforma no gramado. Imagem é do início do mês de abril Foto: Rayssa Loreen

Nos últimos sete meses, o Serejão ficou fechado para uma reforma no gramado. A expectativa era a liberação do estádio para partidas de futebol no último mês de abril. “Hoje, o Serejão passou por uma troca de gramado com uma parceria de um clube (o Brasiliense) e a equipe técnica da Administração trabalha com os projetos, mas aguardando verbas para fazer uma reforma que sustente a estrutura.” O último jogo no local foi em 13 de outubro, quando o Jacaré venceu o Rio Branco-ES pela Copa Verde.

Os laudos de segurança continuam sendo problemas no Serejão. Segundo Daniel, o modus operandi de conseguir documentos pontuais para o funcionamento segue sendo utilizado pela Administração de Taguatinga. “Então, todo jogo que tem, passa por um processo e a vistoria libera algum espaço”, explicou, antes de dar um panorama da situação. “Essas pequenas reformas não adiantam porque o estádio é muito antigo e muito grande e tem problemas gigantescos”, pontuou.

O Distrito do Esporte apurou que, atualmente, o Serejão não tem permissão de dois órgãos fiscalizadores para funcionar. “Foi constatado que o local não oferece as condições de segurança contra incêndio necessárias para que seja realizado um evento seguro”, constatou o Corpo de Bombeiros. “O último laudo de condições sanitárias e de higiene do estádio foi realizado em janeiro de 2022, tendo como resultado o status de reprovado”, complementou a Vigilância Sanitária.

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