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quarta-feira, 18 de junho de 2025

Entenda por que o Gama e a Ira Jovem não foram punidos pelo TJDFT

Principal organizada do Brasiliense foi banida de estádios por cinco anos, após julgamento de briga contra a torcida do Gama, em 2022. Alviverdes não sofreram punições severas

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Na última segunda-feira (16/6), o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) determinou o banimento da torcida Facção Brasiliense dos estádios do país até 2030. A decisão também afetou o Brasiliense Futebol Clube, por omissão diante da violência da principal organizada da equipe. A medida teve origem após a confusão generalizada entre torcedores organizados do Jacaré e do Gama, em um clássico realizado em fevereiro de 2022. No entanto, mesmo envolvidos, os gamenses não sofreram punições ou sanções mais severas.

Ainda em fevereiro de 2022, pela 2ª rodada do Candangão daquele ano. As organizadas de ambas as equipes protagonizaram cenas de selvageria nas arquibancadas do Mané Garrincha, já no segundo tempo da partida. Desde então, o processo corria na justiça com todos os envolvidos: Gama e Brasiliense, junto às respectivas organizadas (Ira Jovem e Facção), a Federação de Futebol do Distrito Federal (FFDF) e a Arena BSB – administradora do estádio.

O Tribunal de Justiça ofereceu a todos os envolvidos um Termo de Ajustamento de Conduta – forma jurídica de reduzir punições em troca de compromissos formais para que os atos cometidos não se repitam. Gama e Ira Jovem assinaram o documento. Brasiliense e Facção recusaram e alegaram ausência de responsabilidade, por se tratar de jogo com mando do Alviverde. Também atribuíram ao rival a obrigação de garantir a segurança, em conjunto com os órgãos competentes e organizadores do evento – FFDF e Arena BSB.

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Esta negativa perante ao termo logicamente teve peso na decisão final, onde a organizada do Jacaré foi punida, mas o histórico da torcida também influenciou. Responsável pela sentença, a juíza Grace Correa Pereira mencionou episódios de violência protagonizados pela Facção mesmo com o mando de campo do Brasiliense. Segundo a sentença, a direção do clube demonstrou omissão no controle da violência da organizada.

A decisão impôs restrições rigorosas: proibição de acesso a estádios, uso de símbolos e uniformes da Facção, circulação num raio inferior a cinco quilômetros das arenas nos dias de jogos, além do veto à entrada em centros de treinamento e sedes do clube. O descumprimento gera multas entre R$ 500 e R$ 20 mil. O Brasiliense perdeu o direito de fornecer transporte, ingresso ou qualquer benefício à Facção. Tanto o clube quanto a torcida ainda podem recorrer. O prazo é de 15 dias úteis após a notificação da decisão.

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