O Rio de Janeiro será palco de um megaevento de capoeira: o Volta do Mundo – Bambas (VMB). A maior competição mundial da modalidade contará com uma premiação inédita em dinheiro e terá um brasiliense como main event no próximo mês. O capoeirista Erick Maia defenderá seu cinturão contra o desafiante Arthur Fiu. Em uma conversa com a equipe do Distrito do Esporte, Erick compartilhou os detalhes de sua preparação, suas expectativas para o VMB e a importância da capoeira em sua vida.
Programado para o dia 22 de julho, às 17h, o VMB acontecerá no Parque Bondinho – Pão de Açúcar, um ponto turístico tradicional do Rio de Janeiro. O evento contará com disputas de cinturão masculino e feminino, jogos casados, desafio internacional e jogos entre atletas PCD (Pessoas com Deficiência). Além disso, o VMB oferecerá uma premiação de 50 mil reais, sendo assim chamado de VMB 50K. Essa premiação financeira é inédita na categoria.
O evento terá duas disputas de cinturões. No feminino, Kitana e Bailarina competirão pelo cinturão interino, já que a atual detentora, Navalha, teve que ser retirada do card devido a uma lesão no joelho. Na categoria masculina, Erick Maia, atual detentor do cinturão e nascido em Brasília, enfrentará Arthur Fiu. Os combates serão compostos por cinco rounds e serão divididos entre uma apresentação solo e quatro estilos de jogo tradicionais: Iúna, São Bento Grande de Angola, Angola e São Bento Grande da Regional.
Pelo jogo ranqueado, Miller x Bentivi serão os representantes. Na categoria PCD, ocorrerão mais três confrontos: Cacique x Ivan, Neko x Patoca e Topeira x Calango. Magrela x Moica participarão do jogo internacional. Todas as categorias mencionadas terão três performances: solo, Angola e São Bento Grande da Regional. Todos os duelos terão um intervalo de um minuto entre cada apresentação.
Erick Maia detalha preparação, expectativa e oponente
Ao DDE, o brasiliense descreveu sua preparação. “Tem sido muito boa. Parte física está em dia, sem nenhum desgaste, está tudo bem estruturado. Fiz minha preparação em meu box de crossfit e com exercícios específicos para capoeira”, afirmou. O capoeirista mencionou seu pai como seu treinador, mas preferiu não divulgar os treinos específicos realizados para enfrentar seu oponente. “Me preparei para o meu oponente com meu pai, que é meu coach e mestre. Os treinos específicos para ele não posso divulgar”, falou aos risos.
Quanto à defesa do título, o capoeirista expressou entusiasmo pelo VMB 50K: “A expectativa está muito alta para ver o show que será o evento. Será algo inédito na capoeira e me sinto muito honrado em participar disso”. Erick continuou: “Estou sem peso, sem pressão, estou muito tranquilo e feliz com minha preparação e momento que estou vivendo. Quero fazer um grande espetáculo para toda a comunidade da capoeira”.
O desafiante Arthur Fiu, vencedor do GP de novembro de 2022, é um adversário já conhecido por Erick Maia. “Já competi contra esse mesmo oponente na VMB e ganhei dele na semifinal. Sei alguns pontos fracos dele e venho estudando bastante. Sei que ele vai trabalhar em cima disso também”, afirmou Erick. O capoeirista analisou o estilo de jogo de seu adversário e pretende aproveitar isso para manter seu cinturão. “Tenho muita coisa que eu quero explorar e que levo vantagem sobre ele. Óbvio que ele vai mostrar evolução nessa parte também”, admitiu.
Espaço conquistado pela capoeira no Brasil e no coração de Erick
Erick relembrou a tradição da capoeira no Brasil e seu papel fundamental no desenvolvimento dos atletas. “A capoeira é muito tradicional aqui no Brasil, diversos lutadores já praticaram e o quanto ela ajuda a desenvolver suas valências físicas para outras modalidades”. O capoeirista tem ambições de obter ainda mais sucesso. “Acredito que a capoeira ainda tem muito a conquistar e está mostrando o seu tamanho. É uma arte muito diversificada está conquistando seu espaço nos esportes de alto rendimento”, ressaltou.
O brasiliense expressou seu amor pela capoeira e como essa arte marcial contribuiu para o aprimoramento de suas habilidades. “A capoeira é minha vida, me deu base para tudo. Estou na capoeira desde que nasci e me ensinou tudo o que sei sobre a vida, sobre desenvolver em outras modalidades. Hoje sou atleta de crossfit e MMA graças à capoeira”, revelou.
Detentor do cinturão, Erick sonha ainda mais alto. “Além do cinturão, meu objetivo é mostrar o meu valor e meu potencial. Assim, conseguir mais apoio e visibilidade. Aqui no Brasil é difícil conseguir patrocínio”, disse. Maia quer deixar um legado na capoeira. “Como capoeirista, o marco que eu quero atingir é ser um grande representante da capoeira no MMA. Minha base sempre foi a capoeira e quero mostrar a eficiência dela”, finalizou.
Além de buscar a manutenção do cinturão, Erick sonha mais alto. “Além do cinturão, meu objetivo é demonstrar meu valor e meu potencial, a fim de conquistar maior apoio e visibilidade. No Brasil, é difícil conseguir patrocínio”, destacou. Maia deseja deixar um legado na capoeira: “Como capoeirista, o marco que eu quero atingir é ser um grande representante da capoeira no MMA. Minha base sempre foi a capoeira e quero mostrar a eficiência dela”, concluiu.