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quinta-feira, 21 de novembro de 2024

Da euforia à frustração: Ceilândia termina 2022 sem títulos

Em ano de classificação inédita na Copa do Brasil, Ceilândia se perde ao longo de 2022, e não jogará mais este ano. Veja a retrospectiva

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O Ceilândia não jogará mais em 2022. Mesmo após a vitória sobre o Costa Rica por 3 a 0, o Alvinegro foi eliminado da Série D do Campeonato Brasileiro. A vitória do Operário sobre o Iporá adiantou as férias do Gato Preto. O próximo compromisso oficial ocorrerá somente em 2023, pelo Candangão. A Copa Verde seria a última competição do calendário, entretanto, foi cancelada pela CBF.

Ao torcedor ceilandense, vários questionamentos vêm a tona. Desmanche do elenco, sequência ruim, demora de adaptação dos reforços, são alguns dos motivos para a derrocada. O Distrito do Esporte fez a reconstrução da campanha do Ceilândia em 2022. Da sequência positiva no Candangão, passando pela classificação em Santa Catarina pela Copa do Brasil, até a queda na Série D.

Ceilândia 2022: expectativa alta

Foto: Lucas Bolzan/Distrito do Esporte

O começo do Ceilândia no Campeonato Candango foi no mínimo animador. A estreia com vitória sobre o Gama por 3 a 0 e os 16 pontos conquistados em seis jogos aumentaram as expectativas do elenco alvinegro. Cabralzinho, Hiwry e Romarinho tiveram o início dos sonhos e o Gato Preto assumiu a liderança isolada da primeira fase do torneio local.

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Campanha histórica na Copa do Brasil

Foto: Eduardo Valente/Direitos Reservados/Proibida a reprodução

As duas primeiras derrotas no ano vieram: goleada sofrida por 5 a 1 para o Brasiliense e derrota de virada para o Capital por 3 a 2. Apesar das derrotas, o Gato Preto terminou como líder e avançou ao quadrangular semifinal. Com o fim da primeira fase do Candangão, a equipe ceilandense teve um mês para se preparar para a Copa do Brasil e a história foi escrita. Na primeira fase, vitória por 2 a 0 sobre o Londrina e classificação garantida.

Na segunda fase, um adversário da elite do futebol brasileiro: o Avaí. O jogo na Ressacada, em Florianópolis teve todos os ingredientes necessários para um jogo histórico (chuva, expulsão e gol no final). Gabriel Vidal marcou um golaço aos 42 do segundo tempo e colocou o Ceilândia na terceira fase da Copa do Brasil pela primeira vez na história. Além da conquista futebolística, os cofres da equipe agradeceram: quatro milhões de reais na conta.

Vice para o algoz e desmanche

Foto: Jonas Pereira/Distrito do Esporte

Na final do Candangão o Ceilândia foi valente, mas com uma derrota e um empate, o título ficou com o Brasiliense. A pedra no sapato do Gato Preto não perdeu nenhum duelo em todo o ano, mesmo após sete partidas (cinco derrotas e dois empates). Para piorar, metade do time titular do Gato Preto saiu após a decisão. Entre eles o craque do Campeonato Candango, Cabralzinho e o artilheiro do ano, Romarinho (ambos para o Brasiliense).

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Derrotas para o Botafogo e começo positivo na D

Ceilândia perfilado antes do jogo da Copa do Brasil contra o Botafogo – Foto: Alan Rones / Ceilândia E.C.

Com todas as dificuldades possíveis, o treinador Adelson de Almeida encaixou as reposições e o começo na Série D não poderia ser melhor: três vitórias e um empate nos quatro primeiros duelos. A eliminação para o Botafogo na Copa do Brasil era algo já esperado e pouco foi sentida.

Jejum, mudanças e eliminação

Ceilândia e Operário
Foto: CEC Torcedor | @ceilandia_ec

Quando tudo parecia sobre controle, dois confrontos contra o Jacaré abriram a péssima sequência ceilandense na quarta divisão nacional. Foram 5 derrotas e dois empates, totalizando sete partidas sem vitórias. Nesse meio tempo Watthimem, Thiago Magno, Gabriel Vidal (um dos pilares da equipe) deixaram o plantel. Um nome anunciado no término do Candango fez sua estreia de maneira tardia: Felipe Clemente, destaque do Capital, foi decisivo e marcou três gols em quatro jogos.

Ferrugem (oriundo do Jacaré) e atletas como Maycon Valeriano e Thiago Juan também foram contratados, contudo, a vaga no G4 na primeira fase da Série D foi ficando distante. Longe da briga pela liderança, o Gato Preto passou a figurar na parte inferior da tabela. A derrota mais sentida, certamente, foi para o Ação. E equipe do Mato Grosso foi rebaixada em seu estadual e ganhou apenas um jogo em 2022: justamente contra o Ceilândia.

Matheus Falero e Igor foram os últimos a sair, dias antes da decisão contra o Costa Rica. Ambos foram para o exterior. A vitória como visitante, tida como difícil, veio e por 3 a 0. No entanto, a consequência da péssima sequência foi sentida e o Operário venceu e se manteve no G4. O Ceilândia terminou na 5ª colocação do grupo A-5.

Para Gabriel Vidal (destaque do Ceilândia em 2022), alguns erros foram determinantes. Apesar da saída conturbada do Gato Preto, o defensor desejou sorte ao clube e se mostrou na torcida “É complicado. A gente vinha de um trabalho ótimo, tivemos algumas perdas no meio do caminho e isso foi só nos complicando. Precisamos refazer montagem de elenco, muitos atletas novos e no decorrer da competição aconteceram algumas demissões que não cabem a nós entendermos, e isso foi só nos prejudicando”, declarou o atleta.

“Mas creio que estão vendo que as coisas que eles fizeram esse não obtiveram êxito. Contudo, creio que 2023 será um ano abençoado, com calendário cheio e novas metas. E o mais importante, conseguir títulos. Que fique o aprendizado. Ano que vem é lutar e trabalhar, que se Deus quiser o título estadual será do Ceilândia”, completou Vidal.

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