Por Bruno H. de Moura
Os 862 KMs de distância entre Rio Claro e Brasília não pesaram para o time do DF. Com um excelente terceiro período, em bela atuação de Bruno Fiorotto, Ronald, Nezinho e Pedro Rava liderando o ataca do Universo, o time de Brasília encaixou a terceira vitória em quatro jogos no NBB/19, 86-75 para o time candango.
Sólido nos rebotes, girando bem a equipe e com uma atuação primorosa de Ronald, cestinha do time com pontos 22 pontos e segundo maior reboteiro com 7 feitas, tanto na frente quanto na defensiva, o Universo fez um ótimo segundo tempo e desvencilhou-se do time de Rio Claro, que foi para o intervalo parelho com o time visitante.
Arthur, que ainda não havia deslanchado, teve ótimo desempenho e foi o jogador do Brasilia que mais tempo esteve em quadra, 26:44, depois de Ronald. O ala ainda se destacou na pontuação, com 17 pontos, segunda maior do jogo. Bruno Fiorotto, novamente, segurou embaixo do garrafão. 9 rebotes para o ótimo reforço da equipe do DF.
Nezinho, como em outras partidas, não decepcionou. O veterano fez um duplo duplo, com 13 pontos e 12 assistências para a equipe e ser o maior pontuador de bolas de três, com 6 pontos entre os 9 tentados.
Com um ótimo início de torneio, o time da capital federal entrou como favorito na partida. Em 3 partidas, o Universo/Brasília só saiu derrotado para o Flamengo, em partida de muitas polêmicas com a arbitragem. Do outro lado da quadra, o Rio Claro computava 25% de aproveitamento, com três derrotas e apenas uma vitória contra o Basquete Cearense.
Primeiro tempo parelho
O Universo/Brasília abriu o jogo com o elenco completo à disposição do treinador Ricardo Oliveira. Nezinho, destaque da equipe na última partida, teve de tomar dois pontos na mão após a vitória nos últimos 3 segundos contra o Pato Branco, mas não desfalcou o time.
Os 6 primeiros minutos de partida foram do time visitante. Com bom desempenho defensivo somado à imprecisão do time de Rio Claro, o Brasília tinha a frente no marcador. Mas a tranquilidade candanga foi abalada na casa dos 4 minutos, quando uma roubada de bola de Jefferson abalou a vantagem do Universo.
Ricardo Oliveira foi rápido na reação. Girou o time em quadra, colocando a segunda formação e mantendo Pedro Mendonça e Ronald entre o quinteto. Do outro lado, Fernando Penna alterou a equipe. Os mandantes passaram à frente no placar, mas nos últimos segundos Gui Bento, pouco depois da linha de meio de quadra, com o cronômetro no estouro, acertou bola de três para levar o jogo empatado para o segundo quarto. 19-19. Foi o pior primeiro quarto do time de Brasília no NBB/2019.
Brasília voltou do intervalo com o retorno de Nezinho no lugar de Pedrinho Rava e Gui Bento na posição de Pedro Mendonça. Já o Rio Claro se posicionou em uma zona de marcação adiantada. A sequência de erros de bolas longas de três, de ambas as equipes, permaneceu. A história do primeiro quarto, da mesma forma.
Na faixa dos 3 minutos e meio o time rio-clarense passa a frente do placar. A defesa do Brasília foi comida por dois jogadores: Jefferson e Pedro Teruel. A vantagem do Rio Claro chegou a 7 pontos no 37-30. Ricardo Oliveira teve de parar o jogo. Na volta, Rafa Moreira mandou uma bola precisa de 3 pontos e Nezinho em dois arremessos de lance livre convertidos colocaram o Universo de volta no jogo.
O último minuto do quarto marcou a virada do Brasília. Nezinho e Ronald de lances livres e Pedro Mendonça, nos últimos segundos do período, colocou o Brasília na frente. 40-39 pros visitantes. Foi o melhor segundo quarto do time na temporada, 21 pontos marcados. Em todas as outras três partidas o Brasília fez 19 pontos no período.
Os dados do primeiro tempo davam leve vantagem para o Rio Branco. A equipe de São Paulo tinha aproveitamento superior nos arremessos de 3 pontos 5/13(38,5%) – 4/12(33,3%) e 2 pontos 10/16 (62,5%) – 12/21 (57,1%), enquanto o Brasília garantiu a vantagem no placar com os lances livres 6/7 convertidos contra 4/6 dos donos da casa.
Terceiro quarto garante a vitória de Brasília
Com Bruno Fiorotto em quadra no lugar de Rafa Moreira, Ricardo Oliveira preferiu começar o terceiro quarto com a base titular do Universo. Fernando Penna teve a mesma atitude. Dos 5 em quadra, apenas Pastor, substituindo Baxley, não começar o primeiro quarto em quadra. Melhor para o Brasília.
As 5 tentativas da equipe paulista não caíram, enquanto o Brasília acertou 7 de 9. O rebote e as roubadas também eram pró Universo, 3 contra nenhum do time da casa. Fernando Penna, tal qual na primeira etapa, parou o jogo para organizar seu time. Contudo, a grande mudança pró-Brasília foi a alteração de Ricardo Oliveira. Saída de Nezinho e entrada de Pedro Rava, mudança manjada nas últimas partidas, mas excelente para o terceiro quarto.
A vantagem candanga só aumentava. O Brasília chegou a abrir 13 pontos de frente, após dois lances livres convertidos por Pedro Rava. Além disso, a variedade de jogadores pontuando no quarto foi uma marca positiva. Pedro Rava, Ronald, Pedro Mendonça Arthur, Gui Bento e Nezinho fizeram. De todos de Brasília que entraram em quadra, apenas Gui Santos não pontuo. Do outro lado, Baxley e Jefferson acertaram 7 dos 12 pontos no período.
Atrás 11 pontos no placar, Rio Branco veio pra cima. Lucas, Baxley e Pastor acordaram a média torcida do Rio Claro no Felipe Karam. A cravada de Lucão faltando 07:09 para acabar acendeu o sinal vermelho de Ricardo Oliveira que parou a partida. A diferença caíra para 6 pontos. Rio Claro vencia o quarto por 7 a 2 e um aproveitamento de 58,3% contra 50% do visitante.
A decisão de parar foi um acerto do novo treinador do DF. Ronald e Bruno Fiorotto voltaram atentos e o time diminuiu a diferença no quarto para 9 a 6 pró Rio Claro. 10 pontos a mais pro Brasília e Fernando Penna chamando a equipe para o papo.
Dali para frente pouca mudança. O Rio Branco reagiu em poucas oportunidades, mas a solidez defensiva do time do DF parou os paulistas. Os rebotes ofensivos e defensivos também pesaram para o Brasília. A vantagem criada no terceiro quarto se manteve e o time candango fechou o período empatado, tal qual o primeiro. 24-24 e vitória por 86 a 75.
Ao portal DAZN, o pivo Ronald destacou a forte marcação da equipe e o jogo coletivo do Universo “muito contente com o trabalho que fizemos. O time do pato foi mais duro, mas tivemos bom trabalho coletivo. Isso significa o bom trabalho que o time fez”.
Daqui para frente
Este foi o segundo jogo de uma série de quatro partidas do Universo longe da ASCEB. Com vitórias sobre os paranaenses do Pato Branco e os paulistas de Rio Claro, o Universo/Brasília viaja para a capital paulista, onde enfrentará o São Paulo no dia (07/11), às 21h30 no Ginásio Pol. Dr. Antônio L. Nunes Galvão, no Morumbi. Por fim, ainda em território paulista, encara o Paulistano, em 9 de novembro, às 17h.