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quinta-feira, 21 de novembro de 2024

Coluna do Gabruga #3: Gama, campeão nas quadras de basquete

Gabriel Caetano, o Gabruga, volta à 2001 e discorre sobre o título do Candangão de Basquete para a Sociedade Esportiva do Gama

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*O texto a seguir é de inteira responsabilidade de seu autor. As possíveis opiniões e/ou conclusões nele emitidas não estão relacionadas, necessariamente, ao ponto de vista do Distrito do Esporte.  

Por Gabriel Caetano*

Em 2001, o “Candangão” de basquete masculino – previsto para ser disputado por seis equipes – teve quatro participantes, sendo eles: Gama, Apcef/Uneb, Unisporte e Asbac. Apesar do pequeno número de clubes, a competição foi dividida em primeiro e segundo turno na primeira fase, com todas as equipes avançando para as semifinais, disputada em dois jogos e os classificados disputaram a final, em uma melhor de cinco.

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O Gama, vice-campeão em 2000, investiu cerca de R$ 120 mil na equipe de basquete, 20% a mais que no ano anterior. A equipe tinha a direção de dois importantes nomes: Paulo Goyaz, vice-presidente do clube e advogado, conhecido no Brasil por ter defendido o alviverde no “Caso Gama” e Flávio Raupp, diretor de esportes olímpicos do clube.

O primeiro grande reforço começou pelo técnico: José Carlos Vidal – conhecido atualmente por suas conquistas com o UniCEUB/Cartão BRB/Brasília. Em quadra, o Gama não poupou esforços e contratou quatro atletas que disputaram o Campeonato Nacional: armador Fúlvio, os alas Murilo e Farofa e o pivô Rappa. Apesar do investimento, os dirigentes não conseguiram a liberação para que o alviverde jogasse no ginásio de esportes da cidade.

No primeiro duelo, contra a Asbac, o Gama estreou com vitória: 83 a 72. Contra o Unisporte, nova vitória, dessa vez por uma diferença de dez pontos: 86 a 76. Contra o principal adversário, a Apcef/Uneb – que levou o título do alviverde no ano anterior – os ânimos foram a flor da pele. O vice-presidente, Paulo Goyaz, provocou a equipe adversária e o técnico Rodolfo Pacheco, que comandou o Gama no vice-campeonato. O resultado foi uma desastrosa derrota, por 74 a 51.

No segundo turno, o Gama novamente atropelou a Asbac (82 a 62) e o Unisporte (115 a 84). Na revanche contra o novo arquirrival, o alviverde venceu por 85 a 65. As semifinais, assim como a primeira a fase, serviram apenas para Gama e Apcef/Uneb cumprirem tabela. O alviverde venceu a primeira partida por 116 a 88 e completou a classificação para a final esperada com uma vitória por 111 a 80.

Novamente o vice-presidente Paulo Goyaz foi o principal personagem, colocando “lenha na fogueira”. Dessa vez, a provocação surtiu efeito. Jogando no ginásio da Asceb, o Gama venceu o primeiro confronto da final por 91 a 82. Na segunda partida, no ginásio do adversário, nova vitória: 93 a 75.

O alviverde já estava com a mão na taça, tanto que já deu como certo o título, disparando cartas a imprensa como campeão candango de basquete, em uma provocação ao rival. Dentro de quadra, pelo terceiro jogo, o Gama foi dominante em três dos quatro períodos. No primeiro tempo, terminou vencendo por 55 a 44. No último quarto, os vários erros de ataque deram a chance do adversário reagir, a Apcef conseguiu se superar e levou a vitória nos instantes finais da partida. A derrota do alviverde forçou uma quarta partida.

Para o quarto confronto, um bom público compareceu no ginásio da Asceb. A partida foi bastante equilibrada, o primeiro tempo terminou 40 a 31 para o Gama. Apenas no último quarto o Gama conseguiu impor sua superioridade. A vitória – por 92 a 74 – consolidou a hegemonia alviverde nos campos e nas quadras.

ELENCO DO GAMA
4 – Serginho (armador)
5 – Rodrigo Dora (ala)
6 – Batata – (ala-armador)
8 – Farofa – (ala)
10 – Murilo (ala)
11 – Fúlvio (armador)
12 – André (pivô)
13 – Rappa (pivô)
14 – Hugo (ala)
21 – Fernando Bala (pivô)
31 – Camilo (ala)
33 – Cadu (pivô)

*Gabriel Caetano é jornalista formado pelo Icesp. Pesquisador do futebol candango com foco na Sociedade Esportiva do Gama desde a adolescência, trabalhou como analista de comunicação e marketing do clube em 2019, tendo sido ainda diretor de marketing do Capital na reestruturação do clube, em 2018. Divide seu tempo entre curiosidades no Histórias do Gamão e a agência na qual é sócio, a RC Marketing Esportivo.

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