Por Bruno H. de Moura
Ceilândia e Brasiliense se uniram para recuperar estruturas do Abadião e reforma do gramado. Os dois times, vice-campeão e campeão do Candangão em 2021, estão dividindo o uso do Maria de Lourdes Abadia nesse 2022 até que o Serejão, casa do Brasiliense, esteja reformado e em condições de jogo, o que pode acontecer só para a Série D.
Ao todo já foram gastos cerca de R$ 100 mil com instalação de para-raios, serviços de pinturas e soldas, reinstalação dos sistemas de irrigação e principalmente reforma do campo. Foi o gramado do Abadião que consumiu boa parte do valor aplicado. Além disso, o plano é criar sala para a Polícia Militar e um vestiário exclusivo para arbitragem feminina.
O processo de parceria se iniciou ainda em dezembro de 2021. As equipes se juntaram junto à Administração Regional da cidade, comandada pelo Delegado Fernando Fernandes, e iniciaram o processo de recuperação.
Segundo o presidente do Ceilândia, Ari de Almeida, a parceria é importante até para a continuidade do futebol candango. “Imagina se nós não tivéssemos o estádio abadião em hoje condições de jogo graças a parceira entre poder público, Brasiliense e Ceilândia, a confusão que estaria a situação de estádios. Então essa parceria reforça nosso futebol e deixa a questão para dentro de campo”, salienta.
O estádio, que estava ocupado pela população em estado de vulnerabilidade até novembro de 2021, passou por várias reformas para ganhar condições de jogo. Os cabos de para-raios foram roubados, assim como o quadro de recebimento de energia. Além disso, portões foram quebrados, pinturas antigas descascando e o campo sendo tomado por matos e pragas.
Não é a primeira vez que Ceilândia e Brasiliense deixam as diferenças de lado e se unem para melhorar o Abadião. Em 2017 os dois clubes dividiram as acomodações da praça pública durante toda a primeira fase do torneio daquele ano. Além das duas equipes, o Cresspom deve usar o Abadião como sua casa para a Série A1 do Brasileirão Feminino nesse 2022.