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Foto: Divulgação/Brasiliense |
Texto de Lucas Bolzan, da assessoria de comunicação do Brasiliense F.C.
Durante a pré-temporada do Brasiliense para o Campeonato Candango de 2019, uma das metas da diretoria do clube era o resgate do estádio Serejão para a competição local e a temporada. Porém, durante o processo de revitalização do estádio, algo chamou atenção dos diretores e principalmente da dirigente Luiza Estevão: a recepção de vários cachorros que usavam o local como seu lar.
Apaixonada pelos animais, a situação acabou chamando atenção da diretoria de futebol, que encontrou os “bichinhos” em situação precária no estádio, apesar de serem zelados e alimentados pelos seguranças. Com o objetivo de buscar uma boa condição de vida a eles, a dirigente resolveu chamar uma veterinária, que se tornou a grande responsável pela recuperação dos animais.
Vários processos foram feitos com eles: exames de sangue, vermifugação, vacinas e principalmente a castração, tudo isso para que os cachorros pudessem viver de forma tranquila e harmoniosa no local, sem que não incomodasse ninguém. Esta atitude tranquilizou os vigilantes do local, que tratam os cachorros como “seguranças”, além de companheiros, durante a rotina de trabalho no estádio.
Os três “xodós”
Assim que o Brasiliense chegou ao estádio (que é carinhosamente chamado pelo clube e sua torcida de Boca do Jacaré) na metade do ano de 2018, a quantidade de cães no local era alta. Ao todo, sete tinham as dependências do equipamento esportivo como abrigo. Após tratados, alguns foram doados, sobrando três: Linguiça e Nyssa – as fêmeas – e um macho que se chama Espigão.
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Foto: Divulgação/Brasiliense F.C. |
Com o semblante de medo e assustados, eles se escondem quando alguém se aproxima a eles para dar carinho. Para isso, um adestrador indicado pela própria Luiza, também foi chamado para assumir a tarefa de “socializar” os cachorros. Adestrador há 10 anos, Rafael é dono de uma empresa de adestramento de animais em Brasília e parceiro das grandes ong’s de animais na capital. Para ele, o resgate e a ressocialização de animais se torna um fator incentivador e motivador a todos.
“É interessante quando a gente faz um trabalho como esse. Primeiro, é uma satisfação pessoal muito especial em cuidar de um ser vivo que precisa da sua ajuda. Isso é interessante e nos fazemos sentir melhor também. Já pelo lado profissional, a gente consegue motivar pessoas a fazer a mesma coisa, podendo alertar que todos possam realizar essa ação. Então essa mobilização é totalmente humanitária e importante”, ressaltou.
Rotina diferente
Com a utilização assídua da Boca do Jacaré pelo Brasiliense, os animais estão começando a se sentirem com mais afeto, virando parte da rotina não só dos seguranças, mas dos jogadores e da comissão técnica da equipe amarela.
Essa situação acaba deixando todos os envolvidos felizes e principalmente Luiza, que planeja construir um canil em um espaço do estádio para que eles possam ficar confortáveis no dia dos jogos e em eventos de grande público no local.
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