Os Jogos Parapan-Americanos chegaram ao final no último domingo (1º/9) após uma emocionante cerimônia de encerramento realizada em Lima, no Peru, sede das competições de 2019. O Brasil concluiu sua participação com uma histórica campanha, que resultou em 308 medalhas, sendo 124 de ouro, 99 de prata e 85 de bronze. Nunca nenhum país somou tantas vitórias em uma única edição de Parapan. E o Distrito Federal contribuiu com essa marca importante.
Os 14 esportistas da cidade, que competiram em oito modalidades, deram um show e voltaram para casa com pódios, quebras de recorde e experiência. Além dos atletas, o coordenador do projeto Futuro Campeão de Bocha, do Centro Olímpico e Paralímpico de Bocha, Loreno Kikuchi Pessato, também participou do evento, como árbitro internacional da modalidade. Foram 15 medalhas de Brasília, sendo 10 de ouro, quatro de prata e uma de bronze.
Para alcançarem o pódio na competição, essa turma enfrentou a exaustiva rotina de treinamento, dedicação e esforço. Dentro dessa dinâmica, a Secretaria de Esporte e Lazer se mostra presente na busca dos atletas por resultados, com importantes iniciativas como os programas Bolsa Atleta e Compete Brasília que, respectivamente, ajudam com auxílio financeiro e passagens aéreas e terrestres. Além dos Centros Olímpicos e Paralímpicos, que servem de base para os treinos do goalball e parabadminton.
Natação e atletismo garantem medalhas
Assim como no plano nacional, em que Daniel Dias alcançou a inédita marca de 33 medalhas de ouro em 33 provas disputadas em Parapans, o destaque do Distrito Federal também veio na água. Disputando os jogos primeira vez, Wendell Belarmino Pereira conseguiu seis medalhas. Nas quatro vezes que conseguiu o ouro, ele quebrou também o recorde pan-americano. O atleta da Classe S11 (que utiliza óculos vendados) conseguiu outras duas pratas nos 400m livre e nos 100m peito.
A primeira medalha conquistada por uma atleta da cidade, porém, veio do atletismo com a dupla formada por Daniel Mendes (ES) e Wendel Silva (DF). Daniel (T11) é cego e Wendel, o atleta guia do corredor. Nascido em Samambaia, o brasiliense foi fundamental na conquista do ouro nos 400m rasos. Outro que garantiu o pódio logo nos primeiros dias de evento foi Aloísio Alves Júnior, no tênis de mesa. Ele conseguiu medalhas de prata e ouro, respectivamente, nas disputas individual e por equipes.
Homens e mulheres se destacaram no parabadminton
O parabadminton brasiliense levou os três primeiros lugares no pódio. Esta foi a primeira vez que a modalidade apareceu no calendário dos Jogos Paralímpicos. Sorte dos atletas de Brasília, que protagonizaram o jogo final masculino. O ouro veio da dupla formada por Marcelo Conceição (DF) e Julio Cesar Godoy (SP). Eles venceram outra dupla brasileira que ficou com a prata, formada por Rodolfo Cano (SP) e Rômulo Soares (DF), por 2 sets a 0 e parciais de 21-12 e 21-7.
As mulheres também se destacaram no parabadminton. Em prova individual da categoria feminina, Daniele Torres (WH1), natural de Samambaia Sul, ficou com o bronze após enfrentar a cubana Maydelin Soriano, vencendo por 2 sets a 0, com parciais de 21/12 e 21/11. Marcelo, Rômulo e Daniele fazem parte da equipe de rendimento que treina no Centro Olímpico e Paralímpico de Brazlândia e também já viajaram por meio do Compete Brasília.
Goalball também pôs brasilienses no pódio
O goalball brasileiro foi outro que se consagrou, tanto no feminino como no masculino. A equipe feminina da Classe B3 conquistou o bicampeonato em uma disputa acirrada contra o time dos Estados Unidos, que terminou com o placar de 4 a 3 para o time verde e amarelo. Jéssica Gomes, que treina no Centro Olímpico e Paralímpico de São Sebastião, foi a responsável por um dos gols da partida final. A colega do time Ana Gabriely Brito Assunção, veio do Gama.
No lado masculino, Leomon Moreno da Silva, da Classe B1, também voltou com o ouro para casa. O rapaz, que foi porta-bandeira na cerimônia de abertura dos jogos, se destacou no último confronto, fazendo oito gols contra os Estados Unidos. Com o placar de 12 a 9, o grupo pôde comemorar o tricampeonato da modalidade nos Jogos Parapan-Americanos. Quando está em Brasília, Leomon treina no Centro Olímpico e Paralímpico do Riacho Fundo I, mas defende atualmente a camisa do Santos Futebol Clube, em São Paulo.
Futebol 7 traz último ouro
O último ouro conquistado por atletas oriundos da capital federal saiu no futebol de 7. Jogando a modalidade voltada para atletas com paralisia cerebral, João Victor Cortes e Jefferson Delmonde conseguiram se destacar. Depois de duros jogos na fase classificatória, a final do torneio foi protagonizada pelo clássico sul-americano entre Brasil e Argentina. No fim, melhor para time canarinho, que conquistou o lugar mais alto no pódio do Parapan com uma vitória por 2 a 0.
*Com informações da Secretaria de Esporte e Lazer do Distrito Federal