A noite desta quinta-feira (22/5) marcou a despedida do Capital da histórica campanha na Copa do Brasil 2025. De forma honrosa, o Tricolor venceu o Botafogo, atual campeão do Brasileirão e da Libertadores, por 1 a 0, na Arena BRB Mané Garrincha. A vitória histórica – e surpreendente -, no entanto, não foi suficiente para garantir a classificação da equipe do DF às oitavas de final do torneio nacional. O tento de honra foi marcado pelo camisa dez Rodriguinho, ainda na primeira etapa, em um golaço do meio da rua.
Ao todo, 14.636 torcedores marcaram presença na Arena BRB Mané Garrincha para assistirem o jogo de volta da terceira fase da Copa do Brasil.
No confronto de ida, realizado no Estádio Nilton Santos, o Capital também surpreendeu e fez boa partida, mas em um apagão, tomou quatro gols na reta final do segundo tempo. Alex Telles, Rwan Cruz, Arthur e Igor Jesus marcaram na goleada alvinegra. O placar elástico dificultou a missão do Tricolor para a partida decisiva. Ainda antes, a equipe do Paranoá havia eliminado a Portuguesa-RJ e o Porto Velho-RO, no Estádio JK.
Primeiro tempo
Fora de campo, a sensação térmica de 15,6ºC no Distrito Federal não era compatível com o clima quente dentro de campo. Atrás no placar agregado, o Capital tinha a missão mais ingrata de toda a Copa do Brasil: marcar quatro gols contra um dos melhores times do cenário nacional apenas para levar a partida aos pênaltis. Os primeiros minutos, no entanto, foram de domínio carioca. Os botafoguenses, com praticamente todo o time formado por reservas – Alex Telles era o único titular – dominaram as primeiras ações na Arena BRB Mané Garrincha.
Com uma marcação em linha alta, o Capital até tentava exercer uma pressão sobre os botafoguenses, mas a troca de passes qualificada do Alvinegro empurrava os donos da casa de volta para a ‘casinha’. A primeira oportunidade dos visitantes veio aos 6′, quando Kauan Lindes tirou da marcação e bateu cruzado para a linha de fundo. A chance inaugural dos cariocas foi abaixo da primeira chegada do Tricolor Candango. Vinícius arrastou pela direita e jogou para Wallace Pernambucano disputar a bola na área. O camisa nove trombou com o goleiro Léo Linck, que precisou deixar o campo após o choque.
Raul, terceiro goleiro do Botafogo, assumiu a responsabilidade de defender a meta. O camisa número um, logo no primeiro minuto em campo, já teve trabalho para travar mais uma boa chegada do Tricolor Candango. Wallace Pernambucano, desta vez com os pés, recebeu um presente dentro da área e bateu rasteiro. O arqueiro botafoguense levou a melhor para evitar o primeiro gol do Capital. Pouco antes disso, o Alvinegro havia chegado com uma baita cobrança de falta de Alex Telles, mas a bola parou na trave direita de Reynaldo.
Wallace Pernambucano se fazia chato para a defesa botafoguense. Experiente, o atacante usava a força para desvencilhar da marcação e descolar as melhores chances dos donos da casa. A terceira finalização do centroavante foi a mais ousada, na lateral da área, quando tentou bater colocado. Mas, Rodriguinho apareceu com mais ousadia ainda para estufar as redes alvinegras no Mané. Aos 30′ minutos da etapa inicial, o camisa dez do Tricolor arrastou a bola pelo meio-campo e soltou uma bomba no capricho, lá onde a Coruja dorme – e ela acordou para comemorar: 1 a 0 em Brasília.
- Fluminense bate Aparecidense no Mané Garrincha e avança na Copa do Brasil
- Capital domina Luverdense dentro de casa e decola no Grupo A5 da Série D
- Felipe Surian chega ao Capital e comanda primeiro treino de olho na Série D
Segundo tempo
Novos ingredientes foram adicionados para a etapa decisiva do duelo. Uma leve garoa caiu durante o intervalo, e além de adicionar mais velocidade na bola, esfriou ainda mais o clima no Distrito Federal. Nos fatores dentro de campo, apenas uma mudança, no Capital: Tobinha, amarelado, dava lugar a Antônio Falcão. Taticamente, pouco mudou na postura de ambas as equipes: o Botafogo era rico em posse de bola, mas pobre em repertório. Cruzamentos na área seguiam como as principais armas ofensivas do Alvinegro.
Enquanto o Botafogo era sonolento, o Capital aproveitava para alimentar o sonho. Quando o relógio cronometrava apenas 6′ do segundo tempo, Renan avançou pela esquerda e levantou a bola na área. A defesa cortou e mandou para escanteio. No tiro de canto, o goleiro Raul ‘catou borboleta’ e a bola sobrou para Richardson, completamente livre de marcação, isolar por cima do travessão e desperdiçar a chance do segundo.
A chegada do Tricolor serviu para acordar a equipe do Botafogo. Dali em diante, a equipe dirigida por Renato Paiva comandou as ações do jogo e obteve as melhores chances. A primeira, aos 11′, Mateo ajeitou para Nathan Fernandes bater firme, mas o goleiro Reynaldo estava bem posicionado para fazer uma grande defesa. Jeffinho também teve oportunidade de marcar após ficar com uma sobra em frente à grande área. No entanto, o atacante botafoguense mandou por cima.
Capital – 1
Escalação: Reynaldo; Vinicius, Pedro Romano, Richardson e Maycon (Lucas Oliveira); Renan, Rodriguinho 
(Matheus Anderson) e Erick Varão; Deysinho (Adílio), Tobinha 
(Antônio Falcão) e Wallace Pernambucano (Quarcoo)
Treinador: Felipe Surian
Botafogo – 0
Escalação: Léo Linck (Raul); Mateo Ponte, Danilo Barbosa, Serafim (Cauê Rodrigues) e Alex Telles (Vitinho); Newton, Kauan Lindes (Jeffinho) e Patrick de Paula; Nathan Fernandes, Santi Rodriguez e Elias Manoel (Rwan Cruz)
Treinador: Renato Paiva
