O basquete do Distrito Federal ficou menos brilhante no início desta semana. Ídolo e presente em grandes conquistas do Brasília, o ala Arthur Belchor anunciou a aposentadoria do esporte. O agora ex-atleta de 40 anos é um dos poucos a ter participado de todas as edições do Novo Basquete Brasil (NBB). Porém, a trajetória dele em casa vai muito além.
O jogador não ganhou o apelido de Rei Arthur atoa. Presente em quadra durante os anos dourados da franquia de Brasília, o ala marcou o nome na história do basquete candango com conquistas. Seja na era Universo (2007-2012), Ceub (2013-2017) ou na atual, o atleta brasiliense sempre foi referência em quadra e vinculou a própria história com a do esporte na capital federal.
Ao todo, foram 15 temporadas de NBB, 13 delas com as cores de alguma equipe do Distrito Federal. Na trajetória pessoal, Arthur Belchor acumulou 11.224 minutos em quadra, 5.161 pontos, 1.531 assistências, 1.387 rebotes e 80.3% de aproveitamento nos lances livres. Os números foram consolidados e divulgados no comunicado de despedida feito pelo Brasília Basquete.
Na carreira em quadra, o ala acumulou diversas conquistas importantes. Foram dois Campeonatos Brasileiros de Basquete, três títulos do Novo Basquete Brasil (NBB), cinco Torneios Sul-Americanos e uma Liga das Américas. No currículo construído em 20 anos, Arthur Belchor também ostenta dezenas de convocações para representar o Distrito Federal na Seleção Brasileira.
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”A decisão foi tranquila. Estou muito feliz e grato por toda a trajetória que fiz no basquete”, destacou o ex-jogador brasiliense. “’A vida é feita de ciclos. Entendi, com a minha família, que era o fim deste. Foram muitos anos de treinos, suor, entrega, determinação, viagens e jogos importantes. Agradeço por não ter muitas lesões. Vendo agora: foi uma carreira muito bacana”, continuou.
O ídolo local também fez agradecimentos a quem acompanhou a vitoriosa carreira. “A torcida de Brasília foi muito importante em todas essa trajetória, participaram muito da minha história aqui. Agradeço, de coração, a todos que foram uma vez ou 100 vezes ao ginásio acompanhar nossa equipe e me ver em quadra. Só tenho a agradecer. Brasília é minha cidade”, destacou o ala.
Com o fim da caminhada com a bola laranja nas mãos concretizado, Arthur Belchor deixa ao basquete candango o legado de uma trajetória vitoriosa e bem-sucedida em quadra. A trajetória e a classe do ala, inclusive, servirão de referência para o surgimento de futuros ídolos do esporte que o brasiliense passou a admirar, muito pelos feitos protagonizados pelo eterno camisa #4.