Por Jéssika Liniker
A vitória por 3 a 2 sobre o rival Brasiliense na última quarta-feira (26/1) deu ao Gama certo alívio neste início de Campeonato Candango BRB 2022, após sofrer derrota na estreia. E o Periquito teve um “reforço” fora das quatro linhas: a presença e as orações do padre José Roberto, pouco antes do início da partida.
O padre de 38 anos, nove deles como sacerdote, é pároco na Paróquia São Sebastião, no Gama. Mas essa não é a única ligação entre o clérigo e a cidade. O sacerdote leva o Verdão no peito desde a infância, sendo um gamense assíduo e de arquibancada. “Sempre fui torcedor do Gama e ia com os amigos acompanhar os jogos no Bezerrão”, conta. Apesar dos compromissos, o religioso sempre arruma um tempo para estar a par da situação em que o time do coração se encontra, especialmente no Campeonato Candango.
No confronto diante do seu principal rival, o Jacaré, o Gama precisou se reerguer e esquecer a derrota por 3 a 0 contra o Ceilândia. Para o padre, a vitória foi ainda mais especial, pois era a primeira vez em que ele ia ao Mané Garrincha. Antes do árbitro Sávio Pereira Sampaio apitar o início da partida, Pe. José foi convidado a ir ao vestiário dar uma benção à equipe. Ele fez uma leitura da benção dos “Frutos do Trabalho”, retirada do “Ritual de Bençãos”, livro que os padres usam para diversas ocasiões.
Confira o vídeo registrado dentro do vestiário, que circula nas redes sociais:
As orações surtiram efeito dentro das quatro linhas e o Gama levou a melhor. Infelizmente, o espetáculo foi manchado por confusões nas arquibancadas envolvendo as torcidas dos dois times. Além disso, a proibição de público nos estádios voltou a valer. O governador Ibaneis Rocha publicou um Decreto (42.950/2022) proibindo, não só as torcidas nas partidas de futebol, como também em todas as competições esportivas, em prevenção à pandemia de covid-19.
Enquanto isso, o padre gamense segue acompanhando, agora de longe, o time do coração. “Pretendo voltar aos estádios assim que possível e sempre que minha agenda permitir, para continuar torcendo pelo time da minha cidade, o maior time do DF”, garante.
Com todo respeito a Deus…
A situação do Gama é de amadorismo, dívidas e complicações fora das quatro linhas. Como torcedor posso dizer que é só Deus pra segurar esse time em pé!