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segunda-feira, 25 de novembro de 2024

Amor, treino e sonho: Ramana Toscanelli comenta sua vida no jiu-jítsu

Com bons resultados na carreira de atleta, Ramana Toscanelli falou sobre as dificuldades de conseguir patrocínio, o amor pelas artes marciais, os sonhos de títulos e a rotina pesada de treinos

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Velho ditador popular, a paixão à primeira vista funcionou na vida de Ramana Toscanelli. Lutadora de jiu-jítsu, a brasiliense se fascinou cedo pelas artes marciais e desde então se dedica arduamente na modalidade. À equipe do Distrito do Esporte, Ramana relatou as dificuldades de angariar recursos financeiros, o amor pelas lutas em geral, a rotina de treinos pesada e o sonho de migrar para o MMA (sigla em inglês para Artes Marciais Mistas).

Aos 18 anos, Ramana conheceu o jiu-jítsu e de cara se apaixonou pela arte suave. “Um amigo meu me levou em uma escola de jiu-jitsu e o meu coração parou. No primeiro dia de treino eu já sabia que aquilo era minha vida”, disse. O tempo passou e oito anos depois os resultados mostraram que Toscanelli, faixa marrom na modalide, estava certa. Apesar de ter conhecido a arte suave no início da fase adulta, Ramana sempre esteve ligada às artes marciais, por referência dos irmãos. Ainda criança, ela entrou no muay thai antes de migrar para o jiu-jítsu.

Treinos pesados rendem títulos

A paixão e dedicação renderam títulos à Ramana. Dos mais expressivos títulos está o bicampeonato brasileiro no-gi (modalidade sem kimono) e tricampeonato sul-americano no-gi. Além disso, Toscanelli conquistou, na modalidade tradicional, bronze no Campeonato Brasileiro e o ouro do Sul-Americano. O foco da brasiliense agora é seguir treinando duro e forte para alcançar os seus próximos objetivos. “Quero ser campeã brasileira do ADCC (Abu Dhabi Combat Clube, maior evento de no-gi do planeta) e o Mundial”, contou.

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Foto: Arquivo Pessoal/Ramana Toscanelli

A estrada é árdua e a faixa marrom se dedica ao máximo nas preparações dos campeonatos. “Nas temporada de treinos fortes, faço três treinos em média por dia, intercalando entre preparação física e “drills”, que são treinos de repetições e movimento”, ressaltou. Sua próxima missão é o Abu Dhabi Grand Slam no fim de julho que será realizado na Arena Carioca 1, na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro.

No mês seguinte, em agosto, Ramana Toscanelli vai disputar o Campeonato Brasileiro de Jiu-Jítsu Sem Kimono no Parque Olímpico da Vila Militar em Deodoro, no Rio de Janeiro. Ela sabe que a dificuldade das competições disputadas no Brasil é enorme, mas mantém o foco de treinos pesados. “Os campeonatos são de altíssimo nível, o campeão nunca vai ter sorte, vai ser sempre trabalho duro”, frisou.

Dificuldades de patrocínio e representatividade feminina

Todo grande atleta necessita de recursos financeiros para manter seu nível elevado, mas Ramana sabe das dificuldades de apoio e que viver do esporte não é um adversário fácil. “Eu não tenho muito apoio. Dou aulas em um projeto social na inclusão do jiu-jítsu nas escolas públicas. Além disso, recebo um ajuda com uma marca de kimonos, mas é somente com o material, nada financeiramente. Dependendo do campeonato que venço acontece uma ajuda da marca de kimono, é bem suado”, brincou Ramana.

Foto: Ilan Pellenberg

O desejo de Ramana não fica só entre treinos e tatames, a atleta também enxerga com bons olhos o crescimento das mulheres no jiu-jítsu em Brasília, embora ainda seja a passos pequenos. “Eu vejo que está crescendo, mesmo ainda com uma quantidade pequena, mas está crescendo e isso é o que importa”, frisou a faixa marrom.

Migração para o MMA

A atleta de 26 anos, que tem uma base de luta em pé por ter começado no muay thai, pensa em migrar para o MMA. Para isso, Ramana Toscanelli vem afiando o seu boxe na academia onde treina. “Meu plano é estrear no MMA daqui a um ano. Venho treinando boxe para ter uma base boa e depois estrear”, contou.

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