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O Bolamense começou o Candangão sofrendo diversas goleadas Foto: Divulgação/Gama |
Por Danilo Queiroz
Se no topo da tabela Gama e Brasiliense ostentam campanhas sem nenhuma derrota (com o alviverde, inclusive, estando 100% na tabela), do outro lado dela, o Bolamense vive uma situação bem mais dramática. Única equipe sem pontuar no Campeonato Candango de 2019, a Onça Pintada flerta com o rebaixamento a cada rodada que passa.
Nas quatro rodadas inaugurais do torneio local, o time afro-brasileiro sofreu 15 gols e anotou apenas dois. Com a péssima campanha, o caçula do Candangão está segurando a lanterna desde o início da competição. Porém, o Bolamense ainda tem no que acreditar caso observe o desempenho das péssimas arrancadas registradas anteriormente.
Nas últimas 17 edições do Campeonato Candango, diversas equipes conseguiram se recuperar após iniciarem o torneio sem pontuar por algumas rodadas. Em nove oportunidades, os times que haviam começado a competição no torneio local tropeçando várias vezes conseguiram se recuperar. Nas outras oito não teve jeito e o péssimo início foi sinônimo de rebaixamento.
Nem mesmo uma sequência grande de derrotas nas rodadas iniciais podem decretar a queda de uma equipe no Candangão. Nas doze oportunidades que algum time local ficou três ou mais jogos sem ganhar, em metade delas houve a salvação. Nas outras seis, o destino acabou sendo cruel com quem começou tropeçando demais. Em 2015, o Santa Maria perdeu quatro seguidas, mas se salvou.
Atual formato é marcado por arrancadas
Na atual fórmula de disputa (com doze equipes disputando a primeira fase em pontos corridos), o Formosa sabe bem o que é começar mal e conseguir se recuperar. Nas duas edições em que o atual regulamento foi utilizado, o Tsunami do Cerrado acabou perdendo as três rodadas inaugurais e se afundando na lanterna.
Porém, nas oito rodadas seguintes, o time goiano conseguiu se levantar de forma heróica e garantir a vaga na elite local. Em 2018, Santa Maria (que também está na zona de rebaixamento) e o próprio Bolamense alcançaram a permanência com muita luta, mas haviam tido uma arrancada melhor, conseguindo levar pontos preciosos no início do torneio.
O formato utilizado nos últimos torneios locais também tem um número mágico para permanência na primeira divisão. Nas últimas duas edições, os times que conseguiram escapar da degola no momento em que somaram oito pontos. Isso significa que, para se garantir no Candangão, é preciso ter um aproveitamento de 24,2% dos pontos disputados.
Piores desempenhos na arrancada do Candangão
2002 – Brazlândia, Luziânia e ARUC – 1 rodada sem pontuar – nenhum foi rebaixado
2003 – Unaí-MG e Dom Pedro – 2 rodadas sem pontuar – nenhum foi rebaixado
2004 – Unaí-MG e Brazlândia – 2 rodadas sem pontuar – Brazlândia foi rebaixado
2005 – Bandeirante e Sobradinho – 4 rodadas sem pontuar – os dois foram rebaixados
2006 – Guará – 5 rodadas sem pontuar – acabou rebaixado
2007 – Luziânia – 5 rodadas sem pontuar – acabou rebaixado
2008 – Esportivo Guará e Unaí/Itapoã – 1 rodada sem pontuar – os dois foram rebaixados
2009 – Legião – 4 rodadas sem pontuar – acabou rebaixado
2010 – Luziânia – 2 rodadas sem pontuar – acabou rebaixado
2011 – CFZ – 3 rodadas sem pontuar – acabou rebaixado
2012 – Legião – 3 rodadas sem pontuar – não foi rebaixado
2013 – Sobradinho – 3 rodadas sem pontuar – não foi rebaixado
2014 – Ceilândia – 3 rodadas sem pontuar – não foi rebaixado
2015 – Santa Maria – 4 rodadas sem pontuar – não foi rebaixado
2016 – Cruzeiro – 4 rodadas sem pontuar – foi rebaixado
2017 – Formosa – 3 rodadas sem pontuar – não foi rebaixado
2018 – Formosa – 3 rodadas sem pontuar – não foi rebaixado
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