Por Alan Rones
Faltando 58 dias para a estreia no Campeonato Candango, o Ceilândia ainda não sabe onde mandará suas partidas na temporada 2022 do torneio local. Tradicional usuário do Estádio Abadião, o clube alvinegro sinalizou a possibilidade de não utilizar o palco esportivo e cumprir seus mandos de campo no Rorizão, em Samambaia. A principal motivação da mudança é a condição do gramado.
Um dos principais estádios candangos durante a temporada, o Abadião sofreu com o excesso de jogos e viu a qualidade do gramado ficar comprometida. Além do Ceilândia, Gama, Minas Brasília, Capital, Samambaia, Sobradinho, Cresspom. Legião, Paranoá, Cruzeiro, Taguatinga e Grêmio Brazlândia mandaram partidas no palco esportivo. Ao todo, foram 48 jogos por nove torneios diferentes.
Números do Abadião em 2021
Série D: 2 jogos
Candangão: 15 jogos (palco de três dos seis jogos da quarta rodada)
Candangão Feminino: 1 jogo
Segundinha: 7 jogos
Sub-15: 1 jogo
Sub-17: 2 jogos
Sub-20: 10 jogos
Série A1 do Brasileirão Feminino: 4 jogos
Série A2 do Brasileirão Feminino: 6 jogos
Total: 48 partidas
Em 2019 e 2020, o local também foi palco de um número alto de partidas. Para 2022, enquanto o Ceilândia joga no Rorizão, em Samambaia, a ideia da Administração de Ceilândia é recuperar o espaço. Em entrevista do Distrito do Esporte, o administrador a maior região administrativa do Distrito Federal, delegado Fernando Fernandes, disse ter iniciado os trâmites para a obra.
“Foi dada a ordem para o pessoal de esportes de administração revitalizar o gramado e as instalações a fim de que estejam 100% em condições para atividades esportivas, não só do futebol. Temos agora, no final do ano, duas partidas de futebol americano de times da cidade que se comprometeram a ajudar na recuperação do gramado para o Abadião estar sempre em excelentes condições”, explicou, durante o evento de inauguração da UBS 15.
Adote Uma Praça
Em julho, o Distrito do Esporte noticiou o interesse do Ceilândia em arrendar o Estádio Abadião através do programa Adote Uma Praça, o mesmo projeto em que o Capital se tornou responsável pela recuperação e administração do JK, no Paranoá. À época, o presidente do Gato Preto, Ari de Almeida, se reuniu com Fernando Fernandes para dar o pontapé inicial dos trâmites do projeto.
Segundo a assessoria de imprensa do clube, o administrador regional teria gostado da ideia e se interessado com o projeto. “Estádio tem que ser cuidado e gerido por quem entende de estádio e tem que ser dessa maneira”. Ainda nas palavras da assessoria, Fernando Fernandes e Ari de Almeida pactuaram em dar início aos trâmites legais para que o Gato Preto pudesse gerir e administrar a arena pelos próximos quatro anos.
O interesse, porém, acabou não saindo da burocracia. Agora, segundo Fernandes, o Abadião está abarcado por outro programa. “O estádio será utilizado pelos times da cidade, Ceilândia e Ceilandense, para práticas esportivas. Optamos por agilizar através do Renova DF, onde colocamos emendas parlamentares e as pessoas vão aprender uma profissão, ganham uma bolsa de um salário mínimo e renovam os espaços esportivos”, explicou.
Aquilo não é um gramado, mas um verdadeiro PASTO. Não sei como um jogador profissional tem coragem de jogar num campo daqueles, pois o risco de lesão (grave) é imenso. Já foi um ótimo piso, mas deixaram acabar com uma quantidade imensa de jogos de campeonatos insignificantes.