Por Danilo Queiroz e João Marcelo
A derrota do Brasiliense para o Paracatu na noite de quarta-feira (4/4) pela partida de ida das semifinais do Campeonato Candango trouxe uma situação bastante desconfortável para o técnico Adelson de Almeida. Após o revés, o treinador respondeu, com xingamentos, diversas críticas que recebeu em uma postagem na conta oficial do clube no Instagram.
O barraco se estendeu até para mensagens privadas no inbox de alguns adeptos amarelos. Mais tarde, o próprio treinador apagou os comentários da discussão. Em contato com a reportagem do Distrito do Esporte já na manhã desta quinta-feira (5/4), Adelson de Almeida aproveitou para se retratar e pedir desculpas.
“Venho pedir desculpas a toda a torcida do Brasiliense e todos desportistas do futebol de Brasília pelos xingamentos proferidos por mim através de redes sociais. Reconheço que me excedi é nada justifica tal comportamento”, afirmou o treinador, que já havia diminuído o tom em outros comentários na internet.
“Reconheço que só pelo torcedor e para o torcedor é que fazemos o futebol, sem eles não tem sentido. Fica aqui o meu pedido de desculpas mais uma vez e cito que tal comportamento não condiz com a educação que recebi. E não condiz principalmente com a ética e o respeito que devemos empregar no esporte. Minhas sinceras desculpas”, completou.
Saída ainda está em pauta
Diante da desconfortável situação, cogitou-se até mesmo a saída de Adelson de Almeida do comando do Brasiliense. Durante a manhã, surgiram rumores de um possível desligamento. O treinador não confirmou que deixará o comando do Jacaré, mas também não garantiu a permanência no clube.
Assim como o treinador, o Jacaré também não confirma que Adelson está de saída do Brasiliense. Com a permanência sendo tratada como improvável, a situação da manutenção do técnico no cargo deve ser resolvida nesta tarde. A programação de treinos, inclusive, segue mantida pelo clube amarelo.
Jogo na fase de classificação contra o Paracatu também teve problemas
A chateação de Adelson de Almeida no comando do Brasiliense já vem desde a fase de classificação do Campeonato Candango. Em 9 de fevereiro, após a vitória por 1 a 0 sobre o Paracatu no mesmo estádio Frei Norberto, o treinador desabafou em entrevista dando a entender que não seguiria no clube.
“Antes tem o CRB e sinceramente não sei se chego no jogo contra o Ceilândia. São chateações e desgaste. Tiveram coisas que não aceito e não fazem parte do meu perfil. Cobranças exageradas e descabidas. O Brasiliense tem muito técnico e não sei se faço falta”, afirmou.
Na ocasião, o treinador conversou com o Distrito do Esporte e também pôs panos quentes na situação. “Minha saída não procede. Me fizeram uma pergunta sobre o jogo do Ceilândia e eu respondi que eu não posso falar sobre esse jogo porque não sei se chego até lá. Somente isso. Eu nunca falei de minha possível saída até porque tenho contrato”, ressaltou.