Por Danilo Queiroz
A pandemia de coronavírus que avança ferozmente pelo mundo também não poupou o futebol do Distrito Federal. Desde meados de março, diversas decisões foram tomadas em relação ao Campeonato Candango. As principais delas foram a antecipação da última rodada, com os jogos realizados em centros de treinamentos, e a paralisação do torneio local por tempo indeterminado, o que colidiu no planejamento das equipes da disputa.
Um dos principais afetados é o Luziânia. No início de 2020, o time goiano quase ficou de fora do Candangão, mas acabou fechando uma parceria com a diretoria de futebol recém-ativada do Aruc, que forneceu os jogadores e comissão técnica que garantiram a classificação do azulino para a etapa mata-mata do torneio local. Após o fim da primeira divisão, praticamente todo o elenco disputará a Segundinha com o clube do samba.
É neste ponto que se encontra um dos maiores problemas da paralisação causada pelo coronavírus. Em entrevista ao Distrito do Esporte, o diretor de futebol Bruno Mesquita explicou que todo o elenco que está no Luziânia tem contratos registrados na Confederação Brasileira de Futebol (CBF) até 2 de maio. Depois disso, haverá a transferência para a Aruc. Agora, com a pausa, os planos ficam incertos.
“Nós fizemos um planejamento de toda a primeira fase e do mata-mata do Candangão. Nossos atletas estão inscritos pelo Luziânia no Boletim Informativo Diário (BID) da CBF até 2 de maio. Depois, eles seriam registrados pela Aruc para a Segundinha. Nós não sabemos até quando vai durar essa situação. Teremos um desgaste financeiro com as taxas de prorrogação dos vínculos dos atletas”, destacou Bruno.
Segundo o diretor de futebol, a remuneração continua paga normalmente mesmo sem a disputa de jogos pelo Candangão. “O Candangão iria até 25 de abril e em 2 de maio nossos atletas voltariam a ter contrato com o Aruc de forma automática e começaríamos a pré-temporada para a Segunda Divisão. Agora não sabemos como iremos fazer isso. Teremos que fazer um novo planejamento”, continuou Mesquita.
A relação do Luziânia com os patrocinadores também acabou diretamente afetada, com as empresas que anunciam no clube realizando cortes nas verbas que eram destinadas ao clube. Atualmente, o time goiano estampa cinco marcas no uniforme. “Nossa parte no contrato com os patrocinadores é gerar visibilidade a eles. Com o campeonato parado, eles não têm esse retorno esperado”, finalizou.
[…] os valores. Como ela não era nossa e o recurso era pouco, não tínhamos como tentar um acordo. Com a pandemia, perdemos algumas parcerias e estamos lutando para manter nossos atletas atuais. Sabemos desse débito e que não é fácil”, […]