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segunda-feira, 25 de novembro de 2024

Em nota, Ibaneis diz respeitar decisão da CBF de proibir venda de mando

No comunicado, Ibaneis Rocha diz que se reuniu com a CBF por “interesse da população” para “esclarecer os critérios de transferência das partidas”

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Por Danilo Queiroz

O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, confirmou na tarde desta quinta-feira (5/5) que esteve no Rio de Janeiro para se encontrar com o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Rogério Caboclo, e o secretário-geral da entidade, Walter Feldman. O encontro, divulgado inicialmente pelo Correio Braziliense, serviu para que o chefe do Executivo local debatesse o veto à venda de mando de campo por parte dos clubes que irão disputar a Série A do Campeonato Brasileiro.

A decisão causou preocupação em Ibaneis, tendo em vista que o Estádio Nacional Mané Garrincha é uma das principais praças afetadas com a proibição de comercialização dos jogos. Em nota, o governador afirmou que, no interesse da população, pediu a reunião com os mandatários da CBF no sentido de solicitar que “os critérios de transferência fossem melhor esclarecidos para não prejudicar aqueles que buscam a valorização das arenas construídas para a Copa do Mundo de 2014”.

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No mesmo texto, o governador disse “concordar com a correta deliberação da CBF em relação ao mando de campo, adotada em decisão majoritária dos clubes, por meio do seu conselho” e informou que pediu “que os critérios fossem melhor esclarecidos para não prejudicar aqueles que buscam a valorização das arenas de Copa do Mundo”. Segundo Ibaneis, a reunião ocorreu de forma “transparente e respeitosa, nunca tendo como intenção o descumprimento das deliberações da entidade”.

CBF nega ter alterado o regulamento

Em contato com a reportagem do Distrito do Esporte, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) não havia confirmado a reunião com Ibaneis Rocha, se limitando a relembrar que o regulamento da Série A do Campeonato Brasileiro já havia sido aprovado pelo Conselho Técnico da competição, que conta com a participação dos vinte clubes da elite, vetando a venda de mando de campo e listou as situações em que uma transferência sem viés econômico possa acontecer durante o torneio nacional.

O artigo 22 do texto diz que “o mando de campo das partidas deverá ser exercido no limite da jurisdição da Federação a que pertença o clube mandante, devendo cada clube informar à Diretoria de Competições, antes do início do campeonato, o estádio por este indicado, situado na cidade onde o clube tenha sua sede permanente”. Uma possível transferência deverá ser informada à entidade com, no mínimo, 30 dias de antecedência e deve cumprir alguns requisitos. São eles:

A prática não pode representar:
1- prejuízo ao equilíbrio técnico da competição;
2- prevalência do interesse econômico particular do clube, em detrimento dos aspectos técnicos da competição;
3- prejuízo da presença dos torcedores do clube mandante no estádio escolhido;
4- privilégio de qualquer natureza em favor do clube adversário, como inversão ou comercialização do mando de campo;
– entre outros aspectos a serem avaliados pela DCO.

Desta forma, o Distrito Federal poderia receber partidas de clubes como Flamengo, Vasco da Gama, Corinthians, São Paulo e Palmeiras, equipes que possuem ampla torcida na capital federal. Os jogos, porém, terão que ser organizados pelos clubes, o que impede empresas de terceiros realizarem a compra. Equipes com baixo índice de adeptos em Brasília como Sport, Bragantino e Coritiba, por exemplo, ficariam impedidos pelo item 3 descrito na sessão que regulamenta a transferência.

Veja nota na íntegra

Em decorrência da correta deliberação da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) em relação ao mando de campo, adotada em decisão majoritária dos clubes, por meio do seu conselho, o governador do Distrito Federal, no interesse da população, esteve reunido com o presidente da CBF, Rogério Caboclo, e o secretário-geral da entidade, Walter Feldman. O chefe do Executivo deixou clara sua concordância com a medida, pedindo, única e exclusivamente, que os critérios fossem melhor esclarecidos para não prejudicar aqueles que apoiam o bom futebol e que buscam a valorização das arenas construídas quando da realização da Copa do Mundo no Brasil.

A reunião ocorreu de forma transparente e respeitosa, nunca tendo como intenção o descumprimento das deliberações da entidade.

Qualquer notícia em sentido contrário não representa a verdade dos fatos e busca, única e exclusivamente, desestabilizar as relações institucionais importantes para o desenvolvimento e aprimoramento do esporte, não revelando a lisura dos procedimentos adotados pela diretoria da CBF e pelo governante do DF.

Ibaneis Rocha
Governador do Distrito Federal

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