Por Michael Nunes e Bruno H. de Moura
Nem tudo são flores no novo estádio Ciro Machado, mais conhecido como Defelê. O público e os profissionais presentes na partida entre Real Brasília e Brasiliense, válida pela 7ª Rodada do Candangão 2020, testemunharam que o local precisa de diversas melhorias estruturais.
Com a reforma dos arquibancadas, instalação de cobertura e a colocação de contêineres para receber a direção das equipes, o torcedor do Jacaré sentiu que o espaço não tinha sido pensado para ele. Enquanto grande parte do setor da torcida do Leão do Planalto possuía cobertura para fugir da chuva, o público visitante era obrigado a ficar sob o banho de São Pedro.
Um dos presentes confidenciou à reportagem a precária situação dos banheiros do mais recente estádio do Distrito Federal. “Está parecendo banheiro do The Walking Dead (série de televisão sobre o apocalipse zumbi). É impossível usar um sanitário desse, falta de respeito com a gente”, disse um torcedor de 60 anos que não quis ser identificado.
Além disso, a entrada de convidados e alguns torcedores era feita apenas pelo estacionamento de um restaurante na região da Vila Planalto. O Ciro Machado fica incrustada em áreas residenciais e comerciais, rodeado de estabelecimentos alimentícios e com grande fluxo de consumidores destes lugares. Filas de carros e ausência de vagas era recorrente. Colegas de imprensa foram obrigados a parar a quase 1 km de distância.
Outra reclamação de quem compareceu ao local foi a falta de asfalto nas entradas do estádio. Os que compareceram ao estádio, necessariamente, precisaram passar por região de lama, muito em função da forte chuva que caiu sob a Vila Planalto antes do jogo.
Estrutura para a imprensa é alvo de reclamações
Do novo estádio na Vila Planalto a área de maior desagrado aos presentes foi o setor destinado a acomodar a imprensa. Os contêineres inicialmente colocados para abrigar 4 equipes diferentes de rádio e televisão não foram disponibilizados aos jornalistas, com exceção do posicionado no meio da arquibancada.
O contêiner da esquerda foi destinado à diretoria visitante, do Brasiliense, e os da esquerda coube aos mandatários do Real Brasília e convidados do clube, como o presidente da Federação de Futebol do Distrito Federal, Daniel Vasconcelos.
Com isso, o clube criou uma estrutura de dois pavimentos para abrigar 4 equipes, duas de rádio e duas de televisão. Os profissionais dos veículos foram obrigados a escalar, com escada vertical posicionada pelo clube, ao menos 20 degraus para chegar até o segundo pavimento, em que se posicionaram a maioria dos jornalistas.

O local, internamente, não tinha firmeza e quando quem estava em cima da estrutura caminhava sentia o piso frouxo. Além disso, a área estava molhada e a madeirite utilizada estava, em certos locais, bamba. A estrutura de ferro causava choques aos jornalistas posicionados no lugar.
Além disso, não havia banheiro destinado aos jornalistas. Restou a quem necessitou usar o lugar as bananeiras atrás do espaço. A reportagem procurou a assessoria do Real Brasília e aguarda posicionamento do clube.