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domingo, 24 de novembro de 2024

Pior cenário: Ceilândia admite chance de não disputar o Candangão

Em nota oficial, Ceilândia expôs situação financeira e deixou em aberto chance de não jogar o Campeonato Candango. Clube também criticou contrato de TV

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Por Danilo Queiroz

A dramática situação do Ceilândia no tocante à participação no Campeonato Candango de 2020 ganhou novos contornos nos últimos dias. Em nota oficial assinada pela diretoria e divulgada à imprensa, o alvinegro confirmou que as sérias dificuldades financeiras enfrentada pelo clube nos últimos anos pode acabar forçando uma ausência nos gramados na próxima temporada.

Dividido em sete tópicos, o comunicado explica detalhadamente o atual momento do Ceilândia. O primeiros pontos abordados são os mais críticos. Segundo a diretoria, a chance de abdicar da próxima temporada é real e já existe um consenso entre os membros do clube de que este é o melhor caminho a se tomar caso a saúde financeira não seja sanada a tempo.

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No momento, a principal preocupação é colocar as finanças em ordem. Isso significa realizar o pagamento de todos os jogadores que passaram pelo clube nos últimos anos, assim como quitar os débitos acumulados com funcionários e fornecedores do Gato Preto. Porém, o caminho para alcançar o objetivo é árduo e dificilmente seria cumprido nos 50 dias que faltam para o início do Candangão 2020.

Críticas ao contrato de TV

O comunicado alvinegro também teve espaço para um tom bastante crítico aos dirigentes da Federação de Futebol do Distrito Federal (FFDF). Sem citar diretamente a entidade, o Ceilândia questionou o contrato de televisão assinado em 13 de novembro com a TV Brasília. No acordo de transmissão com a emissora, ficou definido que os clubes não irão receber cotas de televisão. Antes, a Globo pagava cerca de R$ 36 mil.

Na visão do Ceilândia, os termos “não ajudam em nada o futebol do Distrito Federal” e, por isso, o clube optou por não assinar o contrato. “Sem o devido debate sobre o desenvolvimento do esporte local, assim como suas políticas e relações institucionais, fica muito difícil avançarmos. Um debate com esse tema se faz necessário”, argumentou o alvinegro.

Consequências da desistência

Abdicar de disputar a edição de 2020 do Campeonato Candango trará sérios prejuízos esportivos para o Ceilândia. Caso desista de entrar em campo na próxima temporada, o alvinegro seria automaticamente rebaixado para a Segunda Divisão do torneio. Além disso, o clube teria que cumprir um gancho de dois anos sem atuar profissionalmente, voltado ao cenário local apenas em 2022.

Sem entrar em campo, todos os jogos envolvendo o Ceilândia teriam a declaração de perda por W.O., dando os três pontos e um saldo de três gols para os onze adversários que o clube teria no Candangão 2020. Por ter enviado um representante na reunião do conselho arbitral da FFDF em 20 de novembro, o alvinegro impossibilitou a chance de ser substituído por outro clube do futebol local.

Parceria seria salvação para 2020

Sem condições de bancar uma equipe profissional com seus próprios ganhos, o Ceilândia informou ainda que tem algumas conversas em andamento no intuito de fomentar uma parceria para o departamento de futebol. Porém, ainda de acordo com a nota oficial, todas as negociações estão em um estágio “tímido” e não são tratadas pelos responsáveis do Gato Preto como prioridade no momento.

Confira o comunicado na íntegra

“A direção do Ceilândia Esporte Clube vem a público através deste informar:

1- Em assembleia, decidiu-se facultar a diretoria executiva a decisão de cumprir ou não as atividades programadas pelo departamento de futebol em 2020. Qualquer decisão tomada será aceita pela assembleia;
2- A possibilidade de não disputar as atividades de futebol profissional no ano de 2020 é real;
3- O Ceilândia Esporte Clube concentra suas energias em colocar em ordem as finanças do clube, quitando suas dívidas com funcionários, fornecedores e impostos;
4- No momento, vem ocorrendo algumas conversas muito tímidas em fomentar uma parceria visando o calendário futebolístico em todas as suas categorias para 2020. Porém, não é a prioridade;
5- O Ceilândia Esporte Clube não assinou o contrato com a TV Brasília. Mesmo sem ter feito uma discussão mais profunda, o modelo apresentado não ajuda em absolutamente nada o futebol do Distrito Federal;
6- Sem o devido debate sobre o desenvolvimento do futebol do Distrito Federal, suas políticas e relações institucionais, fica muito difícil avançarmos. Um debate com esse tema se faz necessário;
7- Qualquer outra informação é mera especulação.

Ceilândia Esporte Clube”

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