Por Danilo Queiroz
O estádio Bezerrão, no Gama, entrou para a história do futebol mundial neste domingo (17/11) ao testemunhar a conquista do tetracampeonato da seleção brasileira na Copa do Mundo Sub-17. A grande decisão do torneio que reuniu os principais jovens atletas do futebol em solo brasileiro foi diante do México. Com bastante emoção, o time canarinho demonstrou muita raça e, empurrado pela torcida candanga, virou sobre os mexicanos nos acréscimos do segundo tempo para garantir mais uma conquista no vitorioso currículo verde e amarelo.
No gramado, o mesmo onde a França mais cedo havia conquistado o terceiro lugar ao vencer a Holanda por 3 a 1, o Brasil encontrou um adversário disposto a colocar água no chopp da torcida canarinho. No primeiro tempo, as duas equipes acabaram tomadas pelo nervosismo e não conseguiram balançar às redes. Todo esse panorama foi modificado nos 45 minutos finais. O México abriu o placar em bola na área cabeceada por Gonzáles , o Brasil empatou com Kaio Jorge em cobrança de pênalti e virou nos instantes finais com Lázaro aproveitando belo cruzamento.
Brasil joga bem, mas não marca
Nitidamente afobada pela vontade de decidir rapidamente a final diante da torcida, a seleção brasileira se lançou ao ataque, mas pegava no momento de clarear a jogada e não levava perigo ao gol mexicano. Porém, o panorama mudou aos 17 minutos, quando João Peglow recebeu na área e carimbou o travessão do goleiro Eduardo Garcia. Aos 22, Gabriel Veron fez ótima jogada, mas, na hora de finalizar, acabou chutando para fora. O México chutou ao gol com perigo somente aos 24 minutos, quando Efrain Alvarez cobrou falta para fora.
Aos 28, o Brasil teve nova chance, mas Veron desperdiçou bola espirrada na entrada da área. Mais solto, o México se lançou mais ao ataque. Ao 33, Pizzuto recebeu na área, mas a marcação brasileira fez corte providencial. Dois minutos depois, foi a vez de Kaio Jorge não aproveitar cruzamento. Com a partida mais franca, os dois times passaram a se movimentar mais no campo ofensivo. Quando o relógio marcava 39, Peglow perdeu mais uma chance da entrada da área. Aos 41, o goleiro mexicano voltou a trabalhar em finalização de Patrick.
Emoção e virada no fim
Na etapa final, quem chegou primeiro foi o México, mas Luna finalizou mal. O Brasil levou perigo no lance seguinte, obrigando García a defender em dois tempos. Aos 6, Peglow chegou na ponta e cruzou para Kaio Jorge, que acabou mandando para fora. Aos 13, Patrick mandou de longe e Garcia novamente salvou o México. Animado, o time do técnico Guilherme Dalla Dea se animou no jogo. Aos 16, Peglow recebeu na entrada da área e finalizou na parte de fora da rede, mas o suficiente para trazer a torcida de volta ao jogo no Bezerrão.
Aos 20, o México encontrou às redes. Após cruzamento da esquerda, Bryan Gonzáles subiu sozinho para abrir o placar. O Brasil quase igualou no lance seguinte, mas a bola cruzada por Veron atravessou a área sem encontrar um pé verde e amarelo. Arriscando em busca do empate, o time da casa pecava nas decisões ofensivas. Aos 28, Lázaro recebeu em condições, mas mandou para longe do gol. Aos 35, blitz brasileira: primeiro, a zaga mexicana afastou. Na sobra, Daniel Cabral mandou de longe e acertou o travessão. Porém, o VAR viu infração na origem do lance e, no monitor, o árbitro marcou pênalti.
Na cobrança, Kaio Jorge bateu no canto esquerdo para vencer o goleiro Garcia e empatar a partida. Na animação da torcida, o Brasil se lançou ao ataque e quase virou em confusão na grande área com a zaga mexicana salvando praticamente sobre a linha. O gol da taça veio nos acréscimos. Yan Couto cruzou com maestria na área e encontrou Lázaro, que subiu de encontro à bola para finalizar sem chance para o goleiro Garcia, virar para o time verde e amarelo e tirar o grito de campeão das mais de 13 mil pessoas que torceram fervorosamente no Estádio Bezerrão.