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domingo, 24 de novembro de 2024

Recheado de erros, Universo/Brasília é dominado e perde para São Paulo

Em pior desempenho ofensivo no torneio e com uma defesa cheia de falhas, Universo/Brasília amarga sua segunda derrota no NBB diante do São Paulo

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Por Bruno H. de Moura

Diferente do time vistoso das quatro primeiras partidas, o Universo/Brasília falhou, e muito, na defesa, errou exageradamente nos arremessos de três e dois pontos e, sem boas atuações de Ronald e Nezinho, amargurou a segunda derrota na temporada 2019/2020 do Novo Basquete Brasil (NBB) na noite de quinta-feira (8/11).

Em 40 minutos de basquete, o Brasília perdeu todos os quartos e anotou a menor quantidade de pontos em todo o torneio: 69 apenas. Já o São Paulo anulou o Universo e chegou à quarta vitória no torneio comandado por Jorginho de Paula e seu incrível triplo-duplo pela quarta-vez no torneio, igualando a marca de Larry Taylor na temporada passada.

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Ambas equipes entraram com mesmo número de vitórias no torneio, três para cada lado. Só que o São Paulo estava na sua sexta partida, e o Brasília no quinto jogo. O aproveitamento candango, de 75%, mostrava leve superioridade sobre os 60% do São Paulo. Ao final do jogo, o São Paulo subia a 66,7% e o Universo caia para 60% de aproveitamento.

 

Apagado, Brasília faz pior primeiro tempo do campeonato

Afobado, o time de Brasília começou pior na partida. Nos 3 primeiros minutos os erros do Universo eram constantes, sejam os defensivos de Arthur e Nezinho, ou mesmo no ataque, como a perda de uma bola fácil de Pedro Mendonça. Nezinho com 2 faltas em menos de 4 minutos de jogo foi logo sacado por Ricardo Oliveira.

O Brasília falhava em fundamentos básicos, como os arremessos de lance livre e a marcação defensiva por zona ineficiente. Do outro lado, o São Paulo cortava os ataques do Universo e marcava na maioria de seus ataques. O aproveitamento de rebotes resumia o desempenho das equipes. O São Paulo teve 5 rebotes ofensivos e 10 defensivo, enquanto o Brasília só teve defensivo, apenas 6.

Com 15 pontos marcados, o time de Brasília teve o pior primeiro quarto ofensivo de todo o torneio. Com os 22 pontos do São Paulo, a defesa candanga falhou em maior quantidade dos seus 5 jogos.

Ricardo Oliveira decidiu arriscar no começo do segundo quarto. Dos 5 jogadores da formação inicial, somente Ronald e Arthur continuaram em quadra. Pedro Rava, Gui Santos e Bruno Fiorotto fechavam o quinteto. A equipe até melhorou, com os bons arremessos de três de Gui Santos e uma bola de Bruno Fiorotto. Mas o São Paulo não deixa os visitantes se animarem com a partida. A vantagem paulista passou de 12 pontos.

Com o time, novamente, ineficiente nos arremessos e nas jogadas de infiltração, Ricardo Oliveira teve de retornar com Nezinho à 2 minutos e meio do fim do segundo quarto. Pedro Rava, seu substituto natural, já cometera três faltas àquela altura.

A sorte do Universo estava nas falhas do outro lado. O São Paulo errava muito, de arremesso de 3 e de 2. Os paulistas fecharam o quarto com 25% de aproveitamento em bolas de três pontos e 40% nas de dois. O ataque paulista carimbava o quarto com 14 pontos e o primeiro tempo anotava 36 pontos.

O Brasília, na outra medida, sentia muito falta de Ronald, um dos melhores do campeonato e o melhor da equipe no torneio. Em todo o primeiro tempo, somente 5 pontos de 15 tentados em quase 18 minutos de quadra. Nezinho, armador titular da equipe, fez 1 ponto em apenas 2 tentados. Gui Santos, com 6 pontos, era o artilheiro do time visitante.

Reação insuficiente

A volta do intervalo esperançou o torcedor de Brasília. Dentro do jogo e tentando efetivas as jogadas ofensas, Arthur se juntou a Bruno Fiorotto para amenizar o baixo desempenho de Nezinho e Ronald. Uma mudança de postura dava sinais positivos para a equipe, que fez 18 pontos no período.

Em outra ponta, o São Paulo calibrou a mão de De Paula e Jefferson e subiu seu aproveita para 56,8% das bolas tentadas. Como em todo o jogo, os rebotes da equipe continuaram como um forte dos paulistas, 10 realizadas, abaixo dos 14 do segundo e dos 12 do primeiro, mas fazendo diferença na armação das jogadas.

O último quarto era a chance final do Brasília. O time do Universo havia perdido todos os quartos. A equipe candanga começou bem, com 4 pontos de Gui Santos e 4 de Arthur. O Universo conseguiu segurar os minutos iniciais, abrindo 8-1 no período. Contudo, Jorginho, Jefferson e Shamell para o São Paulo correram atrás e viraram a partida para o time Paulista.

Os erros, às vezes bizonhos, no ataque de Brasília e a falta de calibragem de Nezinho e Rafa Moreira nas bolas de três – sete erros seguidos – custaram a reação do início do quarto. As bolas que caiam não eram suficientes para abrir uma vantagem, mesmo que mínima para o time do Distrito Federal.

A bola de três de Jefferson, desequilibrado e distante, abria 14 pontos para o São Paulo e enterrava qualquer chance do Universo a 52 segundos do fim da partida.

O Brasília teve o pior desempenho técnico nas cinco partidas disputadas. Completamente perdido na defesa, com erros técnicos e de execução no ataque e sem o brilho dos garantidores das últimas vitórias, Ronald, Nezinho e Pedro Rava, a equipe do Universo até melhorou durante o jogo, mas perdeu em todos os quatro quartos.

As bolas de três pontos pesaram, e muito, nos 69 pontos marcados. Em 22 tentativas de chutes distantes, apenas 3 entraram. Já os arremessos de dois pontos amarguraram um aproveitamento de 46.5%, com 23 em 50 tentados.

O time candango volta sábado, 09/11, à quadra, ainda em território paulista, para encarar o Paulistano no ginásio Antônio Prada Jr. O São Paulo aguarda a próxima semana, quando viajará para o Rio de Janeiro e encarar o Botafogo/RJ no próximo dia 12/11.

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