Por Danilo Queiroz
Orgulho! Assim pode ser definido o sentimento dos moradores de Ceilândia e de todas as demais cidades do Distrito Federal com o desempenho da judoca Ketleyn Quadros no Grand Slam de Brasília. Cria da maior cidade candanga e lutando diante de sua torcida, a brasiliense fez história e conquistou a medalha de ouro na categoria até 63kg. Além da prata da casa, outros três atletas brasileiros também tiveram ótimo desempenho e colocaram medalhas no peito.
Fazendo apresentações praticamente irretocáveis, Ketleyn usou o apoio da fervorosa torcida candanga para despachar cada uma de suas adversárias . Na final, a lutadora brasiliense bateu a também brasileira Alexia Castilhos e conquistou, por ippon, o primeiro título de Grand Slams de sua carreira, levando o público que lotou as arquibancadas do Centro Internacional de Convenções do Brasil (CICB) e também era composto por familiares e amigos ao delírio.
Já com a medalha no peito, Ketleyn destacou a felicidade com a oportunidade de lutar dentro de casa e destacou a importância da conquista em busca do objetivo de disputar mais uma edição de Jogos Olímpicos, já que a competição também conta pontos na corrida olímpica. “Brasília foi onde eu dei meus primeiros passos, faz parte da minha história e da minha origem. É muito bom lutar em casa e ter este tipo de evento aqui. Só tem cinco Grand Slams por ano e conquistar esse ouro em casa é muito especial”, avaliou a judoca.
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O pai da atleta, Kleber Quadros, estava nas arquibancadas torcendo por Ketleyn. “Estou muito contente com a vitória da minha filha. Esta é a primeira vez que eu pude assistir uma luta de perto e ainda ter oportunidade de vê-la ganhando uma medalha de ouro. Trazer o Grand Slam para Brasília foi a única oportunidade que nós tivemos para ver ela lutar de perto. Eu nunca tinha visto ela lutar ao vivo, sempre pela TV. Nos momentos finais eu não sabia se gritava, se chorava, se comemorava. Foi muita emoção”, descreveu.
Brasil conquista outras duas medalhas
Além do ouro da brasiliense Ketleyn Quadros e da prata de Alexia Castilhos, outros dois judocas brasileiros também subiram ao pódio. Na categoria até 70kg, Maria Portela avançou até as semifinais e levou o bronze ao vencer a canadense Kelita Zupancic aplicando waza-ari. No judô masculino, o atleta David Lima conquistou a prata na categoria até 73kg após sofrer um ippon do russo Musa Mogushkov e ser derrotado na final. Outro candango na disputa, Guilherme Schmidt caiu na terceira luta.
OI, OI, OI!
VALE A PENA VER DE NOVO! ?Fechamos o dia com quatro medalhas na conta! ???
? Ketleyn Quadros (63kg)
? Alexia Castilhos (63kg)
? David Lima (73kg)
? Maria Portela (70kg)? Rafal Burza / CBJ pic.twitter.com/yTKZoI8VNm
— CBJ (de?) (@noticiascbj) October 8, 2019
Dia ainda teve cerimônia de abertura
Apesar de ser o segundo dia de competições, a segunda-feira (7/10) também foi marcada pela cerimônia de abertura do Grand Slam de Brasília. O evento reuniu atletas e autoridades do Distrito Federal, além do público geral que lotou a arquibancada da arena. Na cerimônia de abertura, o hino nacional brasileiro foi entoado por 150 cadetes da Academia de Polícia Militar do Distrito Federal, mestres do judô da capital federal e estudantes dos Centros Olímpicos e Paralímpicos.
Presente no evento, o vice-governador Paco Britto ressaltou a importância do Grand Slam para Brasília. “Este torneio faz parte de uma agenda de políticas públicas que tem como objetivo trazer grandes iniciativas esportivas para a cidade. É importante ressaltar que não estamos só trazendo turismo e desenvolvimento econômico. Estamos estimulando nossos jovens. Trazendo alunos dos Centros Olímpicos e Paralímpicos para visitarem a competição e verem que o esporte é uma oportunidade”, ressaltou.