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quinta-feira, 21 de novembro de 2024

Secretaria de Esportes trava Mané e Bezerrão. Brasília vai para Luziânia

Após esbarrar na burocracia para utilizar o Mané, o Brasília precisou mudar de casa no meio do torneio e transferiu seus jogos para o Serra do Lago, em Luziânia

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Por Bruno H. de Moura

Considerado um dos favoritos ao acesso à primeira divisão candanga de 2020, o Brasília Futebol Clube não tem casa na atual edição da Segundinha do Distrito Federal. Historicamente identificado com o Plano Piloto e o com a comunidade comercial da cidade – no apogeu da agremiação era mantido pela Associação Comercial do Distrito Federal -,  o Colorado não consegue as dependências do Estádio Nacional Mané Garrincha para o torneio.

Após estrear com empate por 2 a 2 com o Planaltina E.C na praça de Copa do Mundo, para 231 espectadores, o Brasília teve de se deslocar até o Augustinho Lima, em Sobradinho, para encarar o Botafogo-DF como mandante e empatar pelo mesmo placar da estreia. Agora, na quinta rodada, mudou o local do duelo contra CFZ Brasília para o distante Serra do Lago, 65 km de distância da casa preferida. O estádio goiano deve receber todas as partidas restantes do time.

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Segundo o diretor de futebol do colorado, Bruno Mesquita, a equipe queria o estádio central do DF, mas a Secretaria de Esportes e a administração do palco esportivo dificultaram o acerto. “Já tínhamos contratado a empresa de segurança, brigadista, limpeza, pago as taxas, todo o trâmite necessário já fizemos. Porém, é sempre a mesma desculpa: não pode, não dá, estraga o gramado”, confidenciou ao Distrito do Esporte.

A direção do colorado procurou os órgãos responsáveis antes do início do campeonato, para adiantar os trâmites burocráticos e garantir a arena de cadeiras vermelhas e brancas, mesmas cores do oito vezes campeão candango. Porém, segundo Mesquita, a administração do estádio e a Secretaria de Esportes passavam a responsabilidade entre si e não resolviam a questão. “Secretaria joga para a administração, administração joga para o estádio, estádio joga para a Secretaria, e fica tudo desse jeito aí.”

“É muito complicado a gente poder usar as coisas que a gente precisa. Aí você vai lá pelada do Joaquim eles liberam, pelada do Chiquinho eles liberam. Aí vai fazer uma passeata, alguma coisa, libera o estádio. É sempre assim, complicado”, afirmou à reportagem.

Além do Mané Garrincha, o time tentou usar o Bezerrão, estádio localizado no Gama e que não vem recebendo eventos oficiais, diferentemente do Mané Garrincha, palco de diversos partidas recentes da Série A do Brasileirão. Contudo, a única opção dos entes públicos do DF seria o Augustinho Lima, mas a qualidade atual do gramado desestimulou os diretores do colorado que decidiram ir para Luziânia jogar os mando que restam.

A reportagem entrou em contato com as assessorias de imprensa da Terracap, responsável pelo Estádio, e da Secretaria de Esportes por email. Porém, não obtivemos resposta dos órgãos administradores do Estádio Nacional Mané Garrincha até a publicação desta reportagem. O espaço está aberto para manifestações.

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