Eternizados na história! Diante de um Abadião abarrotado, em festa e no volume mais alto, o Ceilândia bateu o Coritiba nos pênaltis, por 4 a 2. No tempo regulamentar, Felipe Clemente foi nome da noite desta quinta-feira (27/2). Com uma bicicleta impressionante, o camisa 11 marcou o primeiro e o segundo gol do Alvinegro. O empate sofrido nos acréscimos assustou a torcida ceilandense, mas nas penalidades, Edmar Sucuri agarrou duas cobranças e garantiu o Gato Preto na segunda fase do torneio nacional.
Classificado e com uma premiação de R$ 830 mil para receber da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), o Ceilândia enfrentará o Maracanã, do Ceará, na próxima fase. A equipe eliminou o Ferroviário – também cearense – na última quarta-feira (27/2), também nos pênaltis. A partida válida pela segunda fase da Copa do Brasil segue sem data e horário definido.
Primeiro tempo
Os minutos iniciais foram de acordo com o esperado: o Coritiba tentava jogar e manter a posse de bola, enquanto o Ceilândia contava com uma defesa bem postada não dava espaço aos visitantes. A marcação ceilandense era em pressão alta, na tentativa de forçar um erro na saída. A primeira finalização foi do Gato Preto, aos 11′: após um arremesso lateral em direção à área, Júlio César deu uma casquinha pra trás e Nano bateu de primeira no centro da meta para a defesa de Pedro Morisco.
Dali em diante, o domínio foi de maior parte coritibano. A primeira chance clara veio com Everaldo – principal peça ofensiva do Coritiba. O atacante levantou a bola na área e contou com um quique no chão para enganar o goleiro Sucuri, atento para realizar a defesa. O experiente guarda-redes do Gato Preto salvou mais uma vez aos 20′. Rafinha bateu de primeira no canto direito da meta, mas o arqueiro foi buscar em uma bela defesa.
Edmar Sucuri fazia o próprio nome dentro da partida. Era ele um dos responsáveis por manter o zero a zero no placar diante de uma pressão do Coxa. Quando o relógio cronometrava 33′ da etapa inicial, Lucas Ronier escapou em velocidade com liberdade na área e bateu cruzado à queima-roupa. Sucuri, com a ponta dos dedos, desviou a bola que ainda acertou a trave na sequência. Minutos depois, o zagueiro Wallace quase se complicou ao cabecear contra o próprio gol, mas o travessão impediu o pior.
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Segundo tempo
A etapa final começou da mesma forma que finalizou o intervalo: pressão do Coritiba. Os visitantes tinham um maior controle da posse de bola e controlavam o jogo até ali. Mesmo com a visível superioridade do Coxa, movidos pela incessante torcida ceilandense no Abadião, o Gato Preto marcou – com um golaço de placa. Paulinho levantou a bola pelo lado direito na grande área e Rafinha cortou errado. Foi aí que Felipe Clemente tirou um coelho da cartola e subiu no segundo andar para emendar uma bicicleta. A bola parou no fundo da rede para explodir a cidade de Ceilândia: 1 a 0!
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Por obviedade, o Coritiba se lançou ainda mais ao ataque. A disposição ofensiva rendeu um empate relâmpago para os visitantes. Dois minutos depois de sofrerem o gol, Everaldo se desvencilhou da marcação e chegou até a linha de fundo. Por lá, cruzou para a pequena área. Dellatorre deu uma espécie de corta-luz e Lucas Ronier se adiantou para aparecer livre embaixo do travessão. Finalizou no cantinho para balançar as redes e jogar um balde de água fria na torcida do Gato Preto.
E seguia assim. Mas, a noite era do iluminado Felipe Clemente. Se antes o golaço de bicicleta teria sido “ofuscado” com o empate coritibano, ele fez mais um para colocar o Gato Preto mais uma vez à frente no placar. Kennedy conduziu até pisar na área pela direita e bateu cruzado em direção à pequena área. Ali, o camisa 11 foi oportunista para tomar a frente e tocar para o fundo da rede: de novo na frente do placar, o Ceilândia de Clemente fazia 2 a 1 no Estádio Abadião.
A noite era de emoção. Já nos acréscimos, o Coritiba se lançou ao tudo ou nada. Aos 47′, Matheus Bianqui se inspirou em Felipe Clemente e soltou uma bicicleta na grande área. Sucuri fez uma defesaça e mandou para escanteio. No tiro de canto, a bola não foi rebatida pela defesa do Ceilândia e dessa vez Bianqui não perdoou. Na sobra, o atacante coritibano pegou de primeira e mandou para o fundo da rede. Mais um balde de água fria nos ceilandenses presentes no Abadião. Com o empate, a classificação foi decidida nos pênaltis.
Ceilândia – 2
Escalação: Sucuri; Paulinho, Euller 🟨 (Wallace), Badhuga e Felipe Camargo 🟨 ; Júlio César, Pedro Bambu e Nolasco; Nando (Pablo Félix), Kennedy 🟨 (Milla) e Felipe Clemente ⚽⚽
Técnico:
Coritiba – 2
Escalação: Pedro Morisco; Rafinha, Thalisson, Rodrigo Moledo e João Almeida (João Mathias); Sebastián Gómez (Matheus Bianqui⚽), Filipe Machado e Vini Paulista; Everaldo (Wesley Pomba), Lucas Ronier ⚽ e Dellatorre
Técnico: Mozart