Por Danilo Queiroz
Depois de ter sido eliminado precocemente no Campeonato Candango, na Copa do Brasil e na Série D do Campeonato Brasileiro, a participação do Sobradinho na Copa Verde era uma verdadeira incógnita. Porém, o panorama ficou mais claro após o Leão da Serra estrear de forma bastante convincente e vencer o Manaus/AM pelo placar de 4 a 1 na última quinta-feira (25/7). Além dos três gols de margem, o alvinegro também tem ao seu lado o retrospecto do torneio regional.
A vantagem construída pelo Sobradinho aconteceu nos mesmos moldes em outras duas oportunidades. A primeira delas foi em 2014, edição em que o Brasília levantou a taça, quando o Vilhena venceu o Mixto em casa por 4 a 1 e se classificou após perder na volta por 2 a 1. A situação se repetiu na edição de 2015 da Copa Verde, quando o Paysandu saiu na frente do Nacional/AM pelo mesmo placar e garantiu a vaga depois empatar por 1 a 1 diante dos amazonenses.
Nas cinco edições da Copa Verde disputadas anteriormente, apenas um deles conseguiu dar a volta por cima e reverter a grande desvantagem. Na final de 2015, o Cuiabá foi até o Pará para disputar o primeiro jogo da decisão contra o Remo e também acabou sendo derrotado pelo placar de 4 a 1. Porém, os Mato-Grossenses alcançaram uma virada apoteótica, venceram os paraenses por 5 a 1 no jogo de volta e conquistaram a taça, entrando para a história do torneio nacional.
Outros quatro times conseguiram um feito maior e construíram vantagens de quatro ou mais gols na primeira partida do mata-mata. Nessa situação, o panorama fica ainda mais cruel para os desafiantes. Princesa de Solimões e Náutico/RR, em 2014, Luverdense, em 2016, e Rio Branco, em 2017, não conseguiram reverter os placares elásticos feitos respectivamente por Paysandu (contra os dois primeiros), Vila Nova e Luverdense e acabaram eliminados precocemente da Copa Verde.
Na próxima quarta-feira (31/7), será a vez do Sobradinho testar a teoria. Com três gols de margem, o alvinegro enfrentará o Manaus/AM, às 21h, na Arena da Amazônia. O Leão da Serra pode perder por até dois gols de diferença que garante a vaga de forma direta. Como na Copa Verde não há o critério de gol marcado fora de casa, o Manaus precisa vencer por três gols para levar aos pênaltis ou quatro para avançar ao fim dos 90 minutos. Quem avançar enfrentará o Remo na sequência do torneio regional.
Vantagens de três ou mais gols na Copa Verde
Copa Verde 2017 – Luverdense 5×0 Rio Branco (Volta 2×2)
Copa Verde 2016 – Vila Nova 4×0 Luverdense (Volta 1×0)
Copa Verde 2015 – Paysandu 4×1 Nacional/AM (Volta 1×1)
Copa Verde 2015 – Remo 4×1 Cuiabá (Volta 5×1)
Copa Verde 2014 – Paysandu 7×2 Náutico/RR (Volta 4×0)
Copa Verde 2014 – Vilhena 4×1 Mixto (Volta 1×2)
Copa Verde 2014 – Paysandu 6×1 Princesa de Solimões (Volta 2×1)