Se há algo que o torcedor do Ceilândia se acostumou é com finais. Das últimas 4 edições do Campeonato de Futebol do Distrito Federal, apenas em 2023 – ano no qual o Real Brasília sagrou-se campeão inédito – o Gato Preto não se fez presente. Destas, foi em 2024 que os comandados da família Almeida saíram da fila e incluíram uma terceira estrela no brasão alvinegro – 2010, 2012 e 2024.
O Ceilândia é um time tradicionalmente de altos e baixos. Quando vai bem, vai muito bem, quando vai mal, não falha à anedota. Nos últimos anos, com pequenas oscilações naturais, o gato preto se mantém nas cabeças e o receituário para tal é manjado, a despeito dos adversários falharem em copiá-lo ou neutralizá-lo. Vamos aos ingredientes principais: administração centralizadora e eficiente (Presidência e diretoria de futebol), treinador competente e conhecedor dos seus ativos e passivos, plantel com poucas variações, conhecido pela administração e pelo treinador.
O comando do Ceilândia segue nas mãos de Ari de Almeida, ainda que, por uma decisão empresarial pouco compreensível, a assembleia de sócios da instituição tenha aprovado a criação de uma SAF do Ceilândia, com um departamento de futebol submetido ao conselho do Ceilândia, mas controlado pelo… presidente do Ceilândia. Não se sabe ao certo o que ocorrerá caso um grupo queira comprar as cotas da SAF do Ceilândia, se os atuais mandatários abririam espaço para os interessados tomarem de conta do futebol e da parte gestora ou se ficaria mais do mesmo. Para nós, neste guia, importa que o capitão continua na proa e, nos últimos 4 anos, isso vem dando certo.
À beira do campo Adelson de Almeida. Escrever, pela 500ª vez neste veículo, que ele é a cara do Ceilândia e o Ceilândia a dele, seria pleonasmo. O treinador de outrora pavio curto foi, com o tempo, gestando seu temperamento e hoje lembra mais um lorde que a fera de antigamente. Claro que há momentos e momentos e o sangue dos Almeidas não nega suas origens se preciso for. Porém, Adelson entendeu que pode fazer mais, com menos, com gestão de pessoas e com seu olhar clínico.
Indagado pelo Distrito do Esporte sobre sua expectativa para o Candangão 2025, Adelson disse que “é a melhor de sempre. O Ceilândia tem sido o postulante às semifinais, principalmente, e várias competições ao longo dos anos, então se espera manter isso: ficar novamente entre os quatro e, por consequência, brigar pelo título”.
Para tanto, Adelson contará com um elenco mesclado entre novidades e jogadores veteranos com o preto e branco. No gol, Edmar Sucuri terá sua segunda experiência no Ceilândia, após um hiato de 13 anos. Ao lado dele Elias, ex-União Rondonópolis. Paulinho, Euller, Badhuga são velhos conhecidos na defesa, os quais terão a companhia de Danillo Ribeiro (ex-Ceilândia 2023), Pablo Rampim (ex-Gama e Fluminense de Feira) e Felipe Camargo (ex-Avaí e São Bento).
No meio de campo e volância, Júlio César, Vitinho, Pedro Bambu, Gabriel Borges, Victor Gabriel, Júlio César, Fornazier, Jean Patrick e os destaques Wisley, Guilherme, Wallace e Cabralzinho, todos com muitas passagens pelo esporte local. O ataque é formado por Milla, Felipe Clemente, Wisman, Matheus Nolasco, Kennedy, todos velhos conhecidos. Aos 21 anos, Diogo Tocantins (Aparecidense e Guanabara City) e Edson (Trindade, Ceilândia, Pacajus) são quem podemos chamar de novidade.
À reportagem, o lateral-esquerdo Danillo Ribeiro afirmou estar com boa expectativa para a competição, “fazermos um excelente trabalho, que consigamos concluir todos os objetivos do clube. Eu não joguei nenhum candango pelo Ceilândia, mas será uma honra imensa vestir essa camisa, sei o peso que tem. Estamos trabalhando forte para fazermos uma ótima competição”.
Se o Gato Preto tem sete vidas, neste ano vai ter de se dividir em quatro. Candangão 2025, Copa Verde, Copa do Brasil e, por fim, a mais importante: Série D. Tantos torneios clamam plantel robusto e, especialmente, transversal – grandes variações entre titulares e reservas podem ser fatais. Por isso, a base do Ceilândia é a mesma que, nos últimos anos, deu alegrias no Abadião, que segue sendo sua casa.
O pensamento de Adelson de Almeida sobre administrar elenco e competições é conservador: “trabalharemos jogo a jogo, competição a competição. Não adianta pensar na Série D tendo ainda Copa do Brasil, Candangão e Copa Verde. Então a medida que as competições forem se aproximando vamos trabalhando em torno delas”, disse à reportagem. Veremos o gato preto trará alvissareiras mensagens à sua torcida neste novo ano.
Elenco do Ceilândia
Goleiros: Edmar Sucuri, Elias Guanaes;
Zagueiros: Paulinho, Euller, Badhuga Danillo Ribeiro, Pablo Rampim, Felipe Camargo;
Meio-campo: Júlio César, Vitinho, Pedro Bambu, Gabriel Borges, Victor Gabriel, Júlio César, Fornazier, Jean Patrick Wisley, Guilherme, Wallace e Cabralzinho;
Atacantes: Milla, Felipe Clemente, Wisman, Matheus Nolasco, Kennedy, Diogo Tocantins, Edson
Técnico: Adelson de Almeida
Agenda no Candangão
1ª rodada
19 de janeiro
16h Ceilândia x Real Brasília
Estádio Abadião
Transmissão: Record
2ª rodada
25 de janeiro
15h30 Ceilandense x Ceilândia
Estádio Serejão
Transmissão: FFDFTV
3ª rodada
29 de janeiro
15h30 Ceilândia x Sobradinho
Estádio Abadião
Transmissão: FFDFTV
4ª rodada
2 de fevereiro
15h30 Ceilândia x Brasiliense
Estádio Abadião
Transmissão: FFDFTV
5ª rodada
8 de fevereiro
16h Paranoá x Ceilândia
Estádio Defelê
Transmissão: Record
6ª rodada
13 de fevereiro
15h30 Legião x Ceilândia
Estádio Bezerrão
Transmissão: FFDFTV
7ª rodada
16 de fevereiro
15h30 Ceilândia x Gama
Estadio Abadião
Transmissão: FFDFTV
8ª rodada
22 de fevereiro
19h30 Capital x Ceilândia
Estádio JK
Transmissão: FFDFTV
9ª rodada
8 de março
16h Ceilândia x Samambaia
Estádio Abadião
Transmissão: a definir
