Por Danilo Queiroz
Os estádios de futebol são verdadeiros templos de glórias esportivas e testemunhas vivas das grandes histórias que perpetuam pela eternidade. Como não poderia deixar de ser, os nomes que batizam as principais arenas do futebol mundial se tornam eternos e viram símbolos de referência. No Distrito Federal não é diferente. Fica fácil se situar ao ouvir nomes como Bezerrão, Serejão, Abadião, Mané Garrincha e Augustinho Lima. Mas você sabe a história que está por trás das nomenclaturas dos palcos candangos?
Desta vez, o Distrito do Esporte mergulhou na história do esporte local para desvendar a motivação que inspirou o batismo de cada uma das 12 arenas que registram os triunfos locais e encontramos de tudo. Os homenageados pelos equipamentos esportivos do Distrito Federal vão de políticos com relevância nas cidades onde os estádios estão situados, passando por tributo a jornalista da capital federal até chegar a funcionários de órgãos públicos, como a Novacap.
A série especial será dividida em três capítulos. Nos dois primeiros, iremos desvendar a origem do nome dos doze estádios da capital federal, com seis em cada. No terceiro, será a vez dos palcos do Entorno. Na primeira parte, você conhecerá a história por trás da nomenclatura dos palcos esportivos das cidades de Taguatinga, Ceilândia, Sobradinho, Samambaia, Paranoá e Núcleo Bandeirante. Na próxima semana, será a vez da arenas de Brasília, Gama, Guará, Brazlândia, Cruzeiro e Planaltina.
Estádio Elmo Serejo Farias – Serejão
Atual casa do Brasiliense, o estádio Serejão foi oficialmente inaugurado em 23 de abril de 1978. Seu nome é uma homenagem a Elmo Serejo Farias, ex-governador que ergueu o palco esportivo e esteve no comando da administração do Distrito Federal de abril de 1974 até março de 1979. A avenida onde o palco está localizado também leva o nome do político, que morreu em 1994. Com a frequência de jogos do time amarelo, o local também passou a ser chamado carinhosamente de Boca do Jacaré.
Estádio Augustinho Lima
Inaugurado em 30 de abril de 1978, o equipamento esportivo foi inicialmente batizado de Estádio Olímpico de Sobradinho. Porém, o nome foi trocado em homenagem ao jornalista Augustinho Pires de Lima, o primeiro repórter da cidade a ganhar espaço na mídia de Brasília, que faleceu em 1976 em um acidente automobilístico na entrada de Sobradinho. Alguns veículos de comunicação costumam creditar a arena como Agostinho Lima. Já o Distrito do Esporte utiliza a mesma grafia do nome do profissional.
Estádio Joaquim Domingos Roriz – Rorizão
Seguindo a tradição de outros equipamentos esportivos do Distrito Federal, o estádio de Samambaia também leva em seu nome uma homenagem a um político da história local. Desta vez, o escolhido foi Joaquim Domingos Roriz, que faleceu em 2018 e governou a capital federal por 12 anos divididos em três mandatos. Era ele quem estava no comando do Executivo Local em 14 de agosto de 1994, data em que a arena foi inaugurada. Roriz também foi o responsável por erguer a cidade de Samambaia.
Estádio Juscelino Kubitschek – JK
Mais uma das arenas esportivas locais com nome de ex-político, o palco esportivo do Paranoá é talvez aquele que carrega a homenagem mais singela e de maior importância levando em consideração a história do Distrito Federal. Juscelino Kubitschek foi o presidente que deu vida a Brasília, que viria a ser nova capital federal do Brasil em substituição ao Rio de Janeiro. O palco esportivo foi fundado em 12 de dezembro de 2002 e é popularmente chamado de Estádio JK.
Estádio Maria de Lourdes Abadia – Abadião
O estádio da maior cidade do Distrito Federal mais uma vez homenageia um… político candango. Porém, se diferencia dos demais por ter sido o único a ser batizado com o nome de uma mulher. Maria de Lourdes Abadia foi escolhida pelos seus trabalhos como administradora de Ceilândia entre 1975 e 1985, justamente o período em que o equipamento esportivo foi construído. A inauguração foi em 17 de julho de 1983. Ela também foi vice-governadora, deputada distrital e federal.
Estádio Vasco Viana de Andrade – Metropolitana
Não há na história um registro exato da inauguração do estádio do Núcleo Bandeirante. A arena esportiva foi batizada oficialmente para homenagear Vasco Viana de Andrade, que foi o Engenheiro-Chefe que esteve à frente da supervisão da construção do local, que foi criado para atender os moradores do Acampamento da Metropolitana, que era formado em grande parte por funcionários do Departamento de Viação e Obras da Novacap. O nome Metropolitana, inclusive, virou a alcunha popular da arena.
Parabéns por esse belo trabalho histórico .
Pra quem não conhece a historia do esporte Candango , como eu , agradece de coração … Ansioso pelos os outros dois capítulos .