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quinta-feira, 21 de novembro de 2024

William Rogatto, ex-gestor do Santa Maria, é preso pela Interpol em Dubai

Empresário que trabalhou no Santa Maria durante o Candangão em 2024 foi detido no Oriente Médio. Após oitiva na CPI de Manipulação de Resultados no Senado Federal em outubro, ele ficou conhecido como o "Rei do rebaixamento"

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Enfim, atrás das grades! Nesta sexta-feira (8/11), William Rogatto, ex-gestor do Santa Maria durante o Campeonato Candango de 2024, foi preso pela Interpol em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. Ele ficou conhecido como o “Rei do rebaixamento” após confissão em oitiva na CPI de Manipulação de Resultados no Senado Federal em outubro. Além disso, o empresário disse ter enganado a presidente do clube do Distrito Federal.

Segundo O Globo, William Rogatto foi localizado no Oriente Médio e detido pela Interpol (Organização Internacional de Polícia Criminal) na manhã desta sexta-feira (8/11). A Polícia Federal brasileira foi informada da detenção através do senador Carlos Portinho, do Partido Liberal do Rio de Janeiro. O senador é um dos membros da CPI de Manipulação de Apostas e Resultados Esportivos. O parlamentar busca pedir a extradição de Rogatto ao Brasil.

William Rogatto foi citado no inquérito do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) como o chefe do esquema responsável por rebaixar o Santa Maria no Campeonato Candango da atual temporada. William falou por mais de 1h30 na oitiva realizada em outubro e respondeu perguntas dos senadores a respeito de como agia para manipular as partidas. O ex-gestor chegou a pedir desculpas para Dayana Nunes e ao marido da presidente da Águia Grená.

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Em relação ao Candangão, Rogatto sequer se eximiu da culpa. “Réu confesso, totalmente. Infelizmente, eu vim rebaixar o Santa Maria. Desculpa, mais uma vez, peço perdão às pessoas. Eu enganei a presidente (Dayane Nunes), mas era o meu trabalho”, afirmou. O interrogado se autointitulou como rei do rebaixamento e declarou ter agido na queda de mais de 40 equipes, em todos os estados do Brasil.

“Eu sou a máquina que está oferecendo dinheiro mais fácil para o atleta e dando dignidade para o cara dar de comer à família dele. Será que eu sou tão errado assim? Fui um dos maiores. Se não o maior, um dos mais organizados. No Distrito, foi onde eu bati de frente com um cara muito forte. Aí, a gente vai naquela luta de poder. Eu perdi e fiquei exposto”, ressaltou. Durante o depoimento na CPI, William estava em Portugal, há cerca de 8 mil quilômetros de onde foi preso.

Clique e saiba mais

CPI da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas no Senado Federal - Santa Maria está envolvido
Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

Entenda o caso do Santa Maria

Em março de 2024, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) cumpriu um mandado de busca e apreensão contra dois jogadores do Santa Maria sob a suspeita de envolvimento na adulteração dos placares de partidas do clube em 2024. De acordo com o MPDFT, os principais alvos da Operação Fim de Jogo são o zagueiro Alexandre Batista Damasceno e o lateral Nathan Henrique Gama da Silva.

As diligências apontam atuação dos jogadores na manipulação de, pelo menos, duas partidas. As goleadas sofridas pelo Santa Maria para o Ceilândia, por 6 a 0, e para o Gama, por 5 a 0, são os confrontos apontados pelas autoridades. O Gaeco apura, ainda, informações sobre o envolvimento de William Pereira Rogatto. O empresário seria um dos investidores do Santa Maria e teria colocado jogadores no clube para a disputa do Candangão 2024.

Como mora na Europa, o mandado de busca e apreensão contra ele não foi cumprido. O gestor teria relação com um caso de manipulação ocorrido na Série A3 do Campeonato Paulista. “No mínimo dois jogos foram criminosamente manipulados para fraudar apostas eletrônicas e as provas demonstram que os apostadores tinham conhecimento antecipado do resultado das partidas. As investigações apontaram o envolvimento imediato dos atletas com os resultados forjados”, diz comunicado divulgado pelo MPDFT. Os jogadores podem responder pelos crimes de corrupção passiva esportiva, fraude em evento esportivo, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

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1 COMENTÁRIO

  1. Com a prisão desse William Rogatto provavelmente haverá acordo de delação. Muitos podres do futebol brasileiro irão aparecer. Ele deve delatar as picaretagens no futebol do DF. Ele insinuou que tem muita manipulação de jogos por aqui também.

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