Duas partidas separam o Brasiliense da Série C do Campeonato Brasileiro de 2025. Após atropelar o Brasil de Pelotas com direito a um placar agregado de 9 a 1, o Jacaré chega nas quartas de final da quarta divisão do país para enfrentar o Retrô, de Pernambuco. A equipe conta com nomes conhecidos do futebol nacional, além de um CT de ponta e uma torcida que é “seduzida” por alguns benefícios dados pela diretoria do clube. A partida de ida acontece neste domingo (25/8), às 17h, na Arena Pernambuco. No fim de semana seguinte, em 1 de setembro, a equipe que subirá para a terceira divisão será definida.
Fundado em 2000, o Brasiliense ostenta 24 anos de existência. Mesmo novo, o Jacaré consegue ser mais velho do que o Retrô, que apesar do nome remeter ao passado, tem apenas oito anos de existência. Inicialmente, o clube surgiu para as categorias de base e ascendeu ao profissional em 2019, três anos após ser fundado. Na mesma temporada, subiu para a primeira divisão do Campeonato Pernambucano. Em 2022 e 2023, tornou-se vice-campeão estadual ao sair derrotado para Náutico e Sport, respectivamente.
Nesta Série D, o Retrô esteve alocado no Grupo D. Ao término da primeira fase, o clube terminou na vice-liderança da chave, com 26 pontos, mesma pontuação do líder Itabaiana, que ficou à frente pelo saldo de gols (10 x 9). Ao longo de toda a campanha, a equipe pernambucana venceu nove partidas, obteve quatro empates e saiu derrotado em cinco oportunidades. Neste mata-mata, avançou nos pênaltis tanto na segunda fase quanto nas oitavas de final, diante do América-RN e do Manauara-AM.
Dentre os trunfos do clube nesta rápida ascensão, um Centro de Treinamento de nível europeu chama atenção. O local é avaliado em R$ 35 milhões e conta com seis campos, um hotel com 64 quartos, centro de convenções para mil pessoas, auditório, departamento médico, físico, academia, piscina, arquibancada e até camarote nos campos de treino. Quanto ao mando de campo, o Retrô costuma atuar como mandante na Arena Pernambuco, estádio construído especialmente para a Copa do Mundo de 2014.
Atualmente, o plantel dirigido pelo treinador Itamar Schüller conta com nomes conhecidos do futebol brasileiro. Rômulo, campeão da Copa do Brasil pelo Vasco da Gama e com passagem pela Seleção Brasileira; Fernandinho, campeão da Libertadores pelo Grêmio, em 2017; Jean, lateral e volante tetracampeão do Brasileirão com as camisas de São Paulo (2008), Fluminense (2012) e Palmeiras (2016 e 2018); Jonas, ex-Flamengo e Bahia, dentre outros.
Torcida fake?
Fundado em 2016, o Retrô conta com uma razoável média de público nas partidas como mandante. Dentre alguns fatores para essa rápida popularização, a diretoria influencia diretamente. Caracterizada pelas básicas camisas amarelas estampadas com o escudo, distribuídas pelo próprio clube nos jogos na Arena Pernambuco. Além das camisetas, em alguns momentos são disponibilizados até transportes. Campanha semelhante ao projeto do Capital, aqui no Distrito Federal.
Segundo o presidente do clube, Laércio Guerra, esta é uma forma de capitanear torcedores. Além dos benefícios para terceiros, outro polo desta torcida também é concentrada por alunos da Unibra (Centro Universitário Brasileiro), que tem o mesmo dono do Retrô Futebol Clube. De forma indireta – ou direta -, os estudantes da universidade também são influenciados à comparecerem aos jogos. No entanto, moradores de Camaragibe, cidade sede, começam a abraçar o projeto e acompanhar a ‘Fênix’ – alcunha também pela qual a equipe também é chamada.
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