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quarta-feira, 27 de novembro de 2024

Adelson de Almeida chega à sétima final de Candangão à frente do Ceilândia

Conquistados em 2010 e 2012, os únicos dois títulos candangos presentes na galeria de troféus do Ceilândia foram sob o comando de Adelson de Almeida. Em outras oportunidades, levou o time à decisão em 2016, 2017, 2021, 2022 e agora, em 2024

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Em âmbito nacional, a cultura de demissão de treinadores é algo rotineiro, porém, existem exceções à regra. Entre idas e vindas, o casamento entre Adelson de Almeida e o Ceilândia Esporte Clube perdura a mais de vinte anos. Desde que o treinador levou o alvinegro ceilandense à primeira final de Candangão em 2010, o time já disputou seis finais – a deste domingo (31) será a sétima. Além do número expressivo de finais em um intervalo de 14 anos (média de uma a cada dois anos), o histórico comandante ainda ostenta o expressivo número de 340 jogos como treinador do Gato Preto.

A longa história de Adelson no Ceilândia começou em 1998. O treinador ainda estava iniciando a carreira e assumiu a equipe de juniores do alvinegro. Logo no primeiro ano, sagrou-se campeão do Campeonato Candango Sub-20. Naquele mesmo ano, o comandante teria a primeira experiência à frente do profissional. De fora interina, esteve à frente do Gato Preto em três partidas, com dois empates e uma vitória. Passou o cargo à Jorgeney Neri, que conduziu a equipe até o título da Segunda Divisão do Candangão daquele ano.

Apenas em 2001 assumiu o Ceilândia de forma integral. Naquele ano, foram onze jogos pelo Campeonato Candango. Seguiu no clube nos dois anos seguintes, em 2002, com 19 jogos, e 2003, em apenas seis partidas. Passou para o Brasiliense em 2006, onde ficou – entre indas e vindas – até 2010, quando retornou ao Ceilândia para conquistar o Campeonato Candango pela primeira vez.

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2010: A primeira vez a gente nunca esquece

A primeira vez do Ceilândia – e de Adelson – em uma final de Campeonato Candango aconteceu em 2010, contra o Brasiliense. Por seis temporadas consecutivas, o Jacaré havia ficado com a taça e esperava faturar mais uma vez. Entretanto, era a vez do Alvinegro. Na primeira partida, realizada no Estádio Abadião, vitória dos ceilandenses por 3 a 1. Allan Delon (2x) e Dimba marcaram, e Thiaguinho descontou para a equipe amarela. Na partida de volta, no Estádio Serejão, os atuais campeões chegaram a virar ao abrir 2 a 0, com gols de Aloísio Chulapa e Bebeto. Na marca de 25′ da segunda etapa, Dimba marcou o primeiro, e três minutos depois, Willian Carioca marcou o gol do título.

Para faturar o primeiro título de Candangão da história do Ceilândia, a equipe comandada por Adelson de Almeida bateu sete adversários diferentes. Dos 22 jogos disputados, os ceilandenses venceram nove, empataram sete e saíram com a derrota em seis oportunidades. Adelson esteve à beira do campo em 21 destas partidas, e John Kleber Bernardo de Araújo, em apenas um, após o treinador principal ser suspenso pelo TJD. No total, o alvinegro teve apenas um gol de saldo: marcou 23, mas sofreu outros 22. A campanha resultou em um índice de aproveitamento foi de 51,5%.

2012: pela segunda e última vez, o DF era pintado de preto e branco

Diferente da última final disputada pelo alvinegro em 2010, em 2012 o regulamento era diferente. Eram duas fases denominadas com Taça JK e a Taça Mané Garrincha; os vencedores de cada se enfrentavam na final. Luziânia e Ceilândia, respectivamente, foram os campeões e se enfrentariam na grande decisão. Com 70,6% de aproveitamento, a melhor defesa (13 gols sofridos em 17 jogos) e o menor número de derrotas, a equipe ceilandense tinha a vantagem de disputar a partida de volta dentro de casa, no Estádio Abadião.

No primeiro jogo da decisão, vitória alvinegra no Serra do Lago. Aos oito minutos do primeiro tempo, Dimba marcou o único gol da partida – o 13º dele naquele Candangão – e aumentou ainda mais a vantagem do Ceilândia. Beneficiado pela melhor campanha e também pelo fato de haver vencido a partida de ida, os ceilandenses poderiam perder por até um gol de diferença para ficar com a taça. Aos 44′ do primeiro tempo, Chefe desviou de cabeça após cobrança de falta e marcou 1 a 0 para o Luziânia. Mesmo assim, a derrota não impediu a festa e o segundo título de Adelson de Almeida pelo Gato Preto.

Ceilândia
Dimba comemora o segundo título Candango do Ceilândia. Naquele ano, o atacante foi um dos artilheiros da competição com 13 gols marcados; Foto: Ceilândia Torcedor

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2016, 2017, 2021 e 2022: o gosto amargo do vice

Depois de vencer as duas únicas finais em que havia chegado, vieram os gostos amargos do vice-campeonato. A primeira seria contra o Luziânia, em uma revanche para a ‘Igrejinha’. Em 2016, o Ceilândia chegou até a decisão após bater o Brasiliense nos pênaltis, em partida realizada no Estádio Serejão. Nas finais, em partidas de ida e volta, os comandados de Adelson de Almeida sofreram duas derrotas: 2 a 0 e 1 a 0. Era a primeira vez que o treinador perdia uma final.

Um ano depois, contra o mesmo Brasiliense que eliminara nas semifinais na edição anterior, um novo vice. Depois de ocupar a primeira colocação da primeira fase com 24 pontos – foram sete vitórias, três empates e uma derrota – o Ceilândia avançou ao mata-mata. Passou por Luziânia e Paracatu até chegar a decisão. Em duas partidas realizadas no Estádio Mané Garrincha, a primeira terminou empatada em 2 a 2. No último jogo, vitória do Jacaré por 2 a 1.

De forma consecutiva, novamente contra o Brasiliense, a equipe treinada por Adelson de Almeida ficaria com o vice-campeonato. Em 2021, a final foi decidida em uma única partida, realizada no Mané Garrincha. Keynan marcou o único gol e deu o título ao Jacaré: 1 a 0. No ano seguinte, a decisão foi em jogos de ida e volta, ambos no Estádio Abadião. No primeiro confronto, vitória amarela por 2 a 1. No jogo da taça, 2 a 2. Pela segunda vez consecutiva, o DF era pintado de amarelo e branco.

A sétima final e o vislumbre do Tri

No último final de semana, no Estádio Abadião, o Ceilândia recebeu o Gama, pelo jogo de volta da semifinal do Candangão BRB 2024. Em uma partida eletrizante de sete gols, os comandados de de Adelson de Almeida saíram classificados após vencer os gamenses por 4 a 3. Após quase alcançar o acesso à terceira divisão do Brasileirão no último ano, o alvinegro voltará a disputar o Campeonato Brasileiro Série D em 2025, além da Copa do Brasil e Copa Verde.

Além das classificações às competições nacionais, pela sétima vez, Adelson de Almeida disputará uma final de Candangão com o Gato Preto e pode levar o clube ao sonhado tricampeonato. Desta vez, um adversário inédito: o Capital. A primeira partida da decisão está marcada para acontecer neste domingo (31), na Arena BRB Mané Garrincha, às 15h30. No mesmo estádio e horário, o jogo de volta acontece em 6 de abril, num sábado.

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