Por Luís Moreira e Guilherme Moura (Esportes Brasília)
Neste domingo, foi selado o destino do Planaltina no Campeonato Candango BRB 2024. Mesmo com chances de permânencia na elite do futebol do DF, a equipe foi derrotada para o Paranoá por 3 a 0 e retornou à Segunda Divisão do Candangão. Além da queda, Galo teve o fim do relacionamento com Hugo Pilo. O treinador uruguaio chegou à equipe em 2021, e de lá para cá, comandou a equipe sub-20 e profissional. Pelo clube, o comandante ainda alcançou promoção à primeira divisão do futebol candango, ambição do clube rubro negro há 26 anos.
De antemão, Hugo, explica os motivos de deixar o comando do Galo do Planalto. Confirmado como vice-lanterna do Candangão 2024 e rebaixado à Segundinha do próximo ano, o treinador havia anunciado a saída do clube antes mesmo da confirmação da queda. “A decisão de deixar o Planaltina estava tomada desde o início do Campeonato. Não é diretamente pelo resultado desportivo, nem por diferenças com a diretoria do clube. Simplesmente acho que é hora de buscar novos objetivos de crescimento pessoal”, esclarece o técnico uruguaio.
Outro fator determinante que culminou na saída do uruguaio foi a ausência de um calendário longo nesta temporada, além da disparidade financeira entre o Planaltina e os postulantes do campeonato. Sobre os atenuantes, Hugo dispara: “Além do clube não ter mais atividade a nível profissional até 2025, não tenho muito mais para contribuir para o clube. Estou convencido que fizemos um grande trabalho ao conseguir o acesso à elite após 26 anos. Outro fator foi que a diferença entre os rivais da primeira divisão e o nosso clube era muito grande – tanto em infraestrutura, como a nível financeiro.”
Logo ao chegar no Planaltina em 2021, Hugo assumiu o comando do sub-20 e chegou até às semifinais do Candanguinho da categoria. No ano seguinte, triunfou a promoção à primeira divisão do Candangão profissional. “A análise que surge do meu trabalho é que as equipes têm maior chance de crescimento ao trabalhar planejando a partir da base. Em 2022, trabalhamos com o sub-20 e alguns desses tiveram as primeiras experiências no profissional. Com isso, o elenco que obteve o acesso à elite candanga continha dez jogadores criados no clube: destes, nove eram titulares.
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As impressões do Uruguaio à respeito do futebol da capital federal são otimistas à longo prazo. Além do otimismo apresentado, Hugo ainda opina sobre o vácuo de projetos de base. ” Por aqui, o esporte é muito competitivo em todos os níveis e tem muito para crescer, além de muito potencial. Mas é preciso trabalhar com um projeto de base sério à longo prazo, onde o resultado esportivo não seja uma exigência imediata – e sim a formação de jogadores, que no futuro permitam gerar bases sólidas.
Agora, sobre o futuro longe do Galo do Planalto, o próximo projeto de Hugo Pilo segue indefinido. “Neste tempo, fizemos uma boa mistura da qualidade do futebol brasileiro com a mentalidade e a filosofia de vida que nós, uruguaios temos. Volto ao Uruguai ainda este mês, onde a oferta de emprego é muito maior – além passar um tempo com a minha família. Minha ideia é seguir no Brasil, mas ainda não há proposta de nenhuma equipe de nenhuma estado. Nem mesmo de terras candangas.
