Escrevemos este texto em primeira pessoa do plural. Poderia ser primeira pessoa do singular, mas singular é só o nosso foco do texto: Mário Jorge Lobo Zagallo, nosso querido Velho Lobo. A personificação do Brasil em Copa do Mundo. Se hoje temos cinco, em quatro ele estava. Dissemos que ele era singular, certo? Mais uma prova: único tetracampeão do mundo. Nem mesmo o maior do futebol, o qual Zagallo encontrará em bom lugar certamente, o Rei Pelé, tem tal honraria.
Por duas edições consecutivas, 1958 e 1962, este verdadeiro patrimônio brasileiro conquistou os dois primeiros mundiais. Oito anos depois, em 1970, à beira do campo, foi tricampeão. Em 1994, a quarta Copa do Mundo do Brasil e claro, Zagallo estava lá, desta vez como coordenador técnico. Apenas 2002, último título da nossa seleção brasileira, não tem a assinatura do Velho Lobo.
Alagoano de nascimento, mas carioca de coração, conquistou títulos no local onde amava morar. Flamengo, Vasco, Fluminense, Botafogo e o tradicionais Bangu e América têm taças que Zagallo, seja como técnico ou jogador, ajudou a imortalizar em seus respectivos museus. Quanta história, Zagallo. Se temos um futebol vencedor, você é a personificação. Obrigado!
Ainda houve tempo para levar seu vasto conhecimento ao, hoje badalado, futebol saudita. Foi campeão nacional com o Al Hilal e ainda ajudou a seleção árabe a levantar a Copa da Ásia. Mentalidade vencedora e um líder nato. Seja por onde passava, o Velho Lobo deixava sua marca. Aproveitamos da quase devoção ao número 13 para apontar: Zagallo eterno tem 13 letras!
Na noite desta sexta-feira (5/1), aos 92 anos, no Rio de Janeiro, Zagallo deixou este plano. Não temos mais o Velho Lobo em sua forma física, mas suas conquistas, sejam com a amarelinha ou com os times cariocas, serão eternas.
Adeus, Zagallo!
Obrigado, Velho Lobo!