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quinta-feira, 3 de outubro de 2024

Entenda porque as finais do Candangão serão disputadas no Mané Garrincha

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Por Danilo Queiroz

O Campeonato Candango de 2019 chegou ao seu ápice. Nos próximos dois sábados (13 e 20 de abril), Gama e Brasiliense irão se enfrentar no Estádio Nacional Mané Garrincha, às 16h, para definir com quem ficará o título de campeão do Distrito Federal na temporada. Nas redes sociais, torcedores, principalmente os gamenses, passaram a questionar o motivo de as duas decisões serem disputadas na arena da Copa do Mundo de 2014.

Alguns alviverdes, inclusive, tentaram criar uma campanha para levar uma das partidas decisivas para o estádio Bezerrão, onde o Gama costuma atuar nas partidas em que é mandante. Para esclarecer a situação, o Distrito do Esporte explica os motivos que fazem com que as finais do principal campeonato de clubes do futebol candango sejam disputadas no Mané Garrincha.

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Antes de mais nada, é preciso esclarecer que os mandos de campo das finais não são dos clubes e sim da Federação de Futebol do Distrito Federal (FFDF). No dia das partidas, obviamente, haverá um time indicado como mandante, mas isso serve apenas para critérios técnicos, não tendo influência nenhuma na organização das partidas, que ficará a cargo exclusivamente da mandatária do futebol local.

Clubes concordaram antes do torneio

A decisão de deixar as responsabilidades do mando de campo das finais nas mãos da FFDF virou praxe nos últimos anos e foi referendada no arbitral do Candangão. A citação, inclusive, está inserida no parágrafo 5 do capítulo II do Regulamento Específico da 44ª edição profissional do torneio local. Os termos receberam o aceite de todos os doze clubes participantes em reunião realizada em 5 de novembro de 2018.

Em 2013, quando o Mané Garrincha teve as obras de reforma concluídas, o segundo jogo  da final entre Brasiliense e Brasília inaugurou o palco da Copa de 2014, com a primeira partida sendo disputada no Serejão. De 2014 em diante, todas as decisões foram sediadas no maior estádio do Distrito Federal. Desde então, Brasiliense (duas vezes), Luziânia, Gama e Sobradinho comemoraram conquistas no local.

Públicos são superiores nas partidas de volta

Desde que as duas partidas da decisão do Candangão passaram a ser disputadas no Mané Garrincha, os públicos registrados revelam maior interesse nas partidas que definem de que lado fica a taça de campeão. Com exceção de 2013, que teve apenas o segundo jogo disputado no local, e 2014, que não há registros do segundo jogo, todas as edições seguintes tiveram um aumento considerável nos confrontos de volta.

O maior público registrado foi em uma partida que envolvia o Gama. Em 2015, o alviverde levou 24.046 pagantes na partida que decretou a conquista do título local diante do Brasília. A final que atraiu menos torcedores foi no primeiro jogo de 2016, quando Luziânia e Ceilândia venderam apenas 2.784 ingressos. Em partidas de volta, o menor público foi em 2018, quando 5.016 pessoas viram o Sobradinho ser tricampeão frente ao Brasiliense.

Como fica a renda?

A decisão de mandar as partidas finais do Campeonato Candango no Estádio Nacional Mané Garrincha também tem seu viés econômico. Já que o mando dos confrontos é da Federação de Futebol do Distrito Federal (FFDF), todos os gastos financeiros também ficam a cargo da mandatária. Com isso, as rendas das partidas são utilizadas prioritariamente para arcar com os custos das partidas.

Caso tenha superávit na renda das duas finais, ele será dividido entre as partes envolvidas na decisão do Candangão, que no caso da atual temporada também envolvem os finalistas Brasiliense e Gama. Há ainda a expectativa de que os jogos decisivos envolvendo o maior clássico do futebol candango quebre todos os recordes de bilheteria relacionado às finais no Mané Garrincha.

TV também tem influência

Detentora dos diretos de transmissão de todo o Campeonato Candango, a TV Globo também tem influência na decisão de os dois jogos acontecerem no Estádio Nacional Mané Garrincha. A escolha da arena da Copa do Mundo atende principalmente critérios técnicos que visam facilitar os trabalhos da emissora, que costumava, em anos anteriores, promover e transmitir a final do torneio local em sua grade local.

Os profissionais que atuam durante a partida, inclusive, em grande parte são deslocados de outros estados. O comentarista e ex-jogador Junior esteve em 2015. Para este ano, porém, ainda não há certeza de transmissão ao vivo em TV aberta. Com isso, assim como na última temporada, as finais do Candangão devem ser oferecidas ao público através do globoesporte.com.

Público das finais no Mané Garrincha
2013 – Brasiliense x Brasília
Jogo 2: cerca de 20 mil (apenas a segunda partida foi disputada no Mané Garrincha
2014 – Luziânia x Brasília
Jogo 1: cerca de 10 mil – Jogo 2: sem registro
2015 – Gama x Brasília
Jogo 1: 8.396 pagantes – Jogo 2: 24.046 pagantes
2016 – Luziânia x Ceilândia
Jogo 1: 2.784 pagantes – Jogo 2: 7.969 pagantes
2017 – Brasiliense x Ceilândia
Jogo 1: 3.296 pagantes – Jogo 2: 6.395 pagantes
2018 – Brasiliense x Sobradinho
Jogo 1: 3.309 pagantes – Jogo 2: 5.016 pagantes

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