Com uma gestão desorganizada, a equipe feminina do Sobradinho perdeu seu técnico interino nesta sexta-feira (29/09). Pedro Henrique estava à frente das Leoas da Serra depois da saída do técnico Tiago Santana, que por uma divergência com a gestão do time, assim como Pedro, optou por seu desligamento. Mesmo com uma surpreendente boa campanha, as Leoas do Serra seguem sem um novo comandante para o jogo de ida semifinal do Candangão Feminino 2023.
Fontes relatam que essa “dança das cadeiras” em relação aos técnicos tem abalado o emocional das jogadoras em meio a jogos tão importantes e que sentem que o futebol feminino não é levado a sério no time. É válido lembrar que a equipe do Sobradinho está classificada para a Série A3 do Brasileirão, mas as Leoas da Serra querem mais, pensando em chegar em uma final ou até mesmo em conquistarem o título.
Em contato com o Pedro Henrique, o ex-técnico interino relatou que não gostaria de ter saído desta forma e entende a importância do futebol para essas meninas. “Não queria sair assim, mas o que aconteceu sábado foi a gota d’água para mim. A não inscrição da minha titular abalou muito o time antes do jogo contra o Minas, o futebol era para ser divertido e isso não estava acontecendo na equipe”, relatou o ex-treinador.
Mesmo sem receber, Pedro relatou que só aceitou ser técnico interino caso as jogadoras recebessem. “Eu graças a Deus tenho de onde tirar a minha renda, mas tem jogadoras que vivem do futebol e trabalham de outra coisa ou tem jogadoras que só vivem do futebol. Quando aceitei assumir o cargo, a única condição que pedi foi que as meninas pudessem receber. Ainda falta a terceira parcela, mas ter aquele dinheiro com certeza já ajuda muito as meninas. Eu por exemplo, estou até hoje sem receber, enquanto tem jogadoras que se não receberem irão passar dificuldades.”, desabafou.
Quando perguntado ao Pedro se voltaria algum dia para o time, ele foi direto. “Eu tenho um carinho imenso pelas meninas, criamos uma relação de respeito que é muito importante para o desempenho do futebol. Sei do quanto eu e Tiago Santana trabalhamos muito para deixar as meninas em forma e que pudessem disputar de igual para igual com os grandes time femininos aqui de Brasília. Eu voltaria sim para o elenco do Sobradinho, mas não com essa gestão”, finalizou Pedro.
Pessoas relatam que a personalidade de Andrea Pontes é forte e autoritária. Desde a classificação do time para a Série A3, ela não atende ligações ou não responde mensagens das jogadoras ou da comissão técnica. O clima com as jogadoras azedou de vez no episódio com a atleta que não estava inscrita. Fontes de dentro do clube afirmam que o clima dentro do clube é de tristeza e desolação e que as jogadoras estão tristes e com psicológico abalado com as coisas quem vem acontecendo dentro do time do Sobradinho.
A gestora do Sobradinho, Andrea Pontes, foi procurada pela reportagem do Distrito do Esporte, mas até a publicação desta matéria, não se pronunciou. O espaço segue aberto para esclarecimentos.
