A ansiedade do torcedor para ver o Ceilândia classificado às quartas de final da Série D do Campeonato Brasileiro é tão grande que vale se apegar até aos números. Última fronteira do Distrito Federal pela presença no round entre os oito melhores da quarta divisão, o Caxias, adversário deste sábado (19/8), pela volta das oitavas, demonstra fragilidade em partidas longe da Serra Gaúcha.
O Caxias é um time “duas caras” em 2023: vai bem no Estádio Centenário e sofre longe dele. A equipe grená disputou 17 partidas nos Pampas neste ano. Venceu 10, empatou cinco e perdeu apenas duas. O aproveitamento é de 68,6%. O Ceilândia freou esse ímpeto e, agora, tem a missão de resolver a parada no Abadião. E os índices dos rivais fora do RS trazem otimismo.
Dos 15 jogos disputados pelos caxienses fora de casa, somente três terminaram com vitória: uma sobre Avenida, pelo Campeonato Gaúcho e duas pela Série D, contra Novo Hamburgo e Inter de Limeira. De resto, amargou sete derrotas e colecionou cinco empates. É um aproveitamento de 35,5% dos pontos longe Serra Gaúcha, com 29 gols marcados e 14 sofridos.
A realidade do Caxias contrasta com a do Ceilândia. Enquanto os gaúchos se preocupam com o retrospecto longe do Centenário, os candangos se orgulham da invencibilidade de mais de um ano no Abadião pela Série D. O último tropeço da equipe de Adelson de Almeida diante da torcida foi em 18 de junho de 2022, para o Brasiliense, por 1 x 0. De lá para cá, são seis vitórias e nove empates.
O Caxias se reapresentou na última segunda-feira (14/6). A atividade foi diferente e contou com um jogo-treino contra o Gramadense. O time grená venceu por 4 x 0. O técnico Gerson Gusmão escalou equipes distintas nos dois tempos do confronto. O objetivo era dar ritmo para atletas que não vêm atuando e abrir o leque de repertório para a decisão no sábado.