Por Craques do Candangão
O garoto que saiu da periferia do Guará alcançou o auge na lateral-esquerda de diversos times do Distrito Federal. Mário Henrique Gomes de Moura, 24 anos, nasceu na cidade de Uruçuí-PI e construiu seus sonhos no Distrito Federal. Era apaixonado por futebol desde muito pequeno. Nos campos de terra e quadras de futsal do Guará já se destacava. Iniciou na tradicional Escolinha de Futebol do Penharol, no Gama. Lá começou a traçar seus objetivos e dar seus primeiros passos na carreira.
Após isso, foi para um projeto social no Guará, na escola de futebol do Galáticos, na QE 38. Foi de lá que o jovem Mário saiu rumo ao sub-20 do América-RN. “Passei 3 anos no América, onde consegui ser campeão Potiguar sub-20. Tive a oportunidade de integrar o elenco profissional, porém, não cheguei a entrar em campo na Série B com a camisa do time”, lembrou.
O atleta relatou a falta de estrutura e salários atrasados como as principais dificuldades enfrentadas durante a carreira. “Dificuldades sempre existe e no futebol não é diferente. Salários atrasados, falta de organização… sempre pesa na formação de jogador”, pontuou ele, dando uma resposta comum no meio do futebol. Mário passou também pela base do Tuna Luso, clube tradicional do Pará.
Regressou a Brasília em 2014 para atuar na equipe principal do Ceilândia para a disputa do Candangão 2015. O jogador exalta a passagem pelo Gato Preto e demonstra gratidão à equipe. “Foi o Ceilândia que me abriu as portas no futebol, foi lá onde fiz meu primeiro jogo como profissional, meu primeiro gol… sou muito grato ao clube, aprendi bastante com o Professor Adelson e se hoje eu conquistei alguma coisa devo boa parte ao Ceilândia”, agradeceu. No alvinegro, Mário Henrique atuou entre 2015 e 2016, quando foi vice-campeão candango e levou o time a sua melhor campanha na história da Série D do Campeonato Brasileiro.
Em 2017, o lateral-esquerdo se transferiu para o Brasiliense, onde foi campeão e eleito pela página Craques do Candangão como o melhor jogador da posição na competição. No mesmo ano, também campeão Amapaense, atuando pelo Santos-AP, sendo também escolhido como destaque da posição.
Na temporada 2018, Mário Henrique iniciou como titular da equipe amarela. Porém, após a saída de Rafael Toledo, Gérson assumiu a titularidade, já sob o comando de Aílton Ferraz. “O início não foi dos melhores. Tínhamos a expectativa muito grande de ir bem nas competições e infelizmente não conseguimos atingir os objetivos. Após o Candangão deixei o Brasiliense, clube que fui feliz, onde pude conquistar título e ajudar de alguma forma”. considerou. Após o fim do Candangão, Mário voltou ao Ceilândia, ,as a equipe acabou sendo eliminada ainda na primeira fase da Série D.
Hoje, o jogador está atuando no Brazlândia e marcou dois gols na vitória por 7×0 sobre o CFZ. Perguntado sobre o futuro, Mário destacou o interesse de algumas equipes em seu futebol para o próximo ano. “O Ceilândia entrou em contato comigo para renovar o contrato e mais duas equipe me ligaram para jogar o estadual do ano que vem. Estou focado no Brazlândia para buscar o acesso, depois disso terei uma definição”, concluiu.
Os planos de Mário Henrique para o futuro, inclusive, têm em mente o objetivo de chegar a um grande clube do futebol brasileiro “Meu objetivo principal é jogar em um clube fora de Brasília. Em um centro maior, quem sabe chegar a um grande clube no futuro. Creio que dá, confio nisso. Tenho 24 anos e sei que as coisas acontecem, trabalhar e ter fé em Deus sempre”, finalizou.
O futebol de Mário Henrique já é conhecido em boa parte do Distrito Federal. O Ceilândia, atual campeão de juniores, tem um espelho que pode refletir no futuro dessa garotada de hoje para que persistam em busca do objetivo de ser um jogador de futebol. Esse espelho é Mário, que saiu do anonimato a postulante de ficar entre os grandes laterais-esquerdos do futebol brasiliense.