No dia do Orgulho LGBTQIA+, as jogadoras do Minas Brasília, Monse e Hadri, que são namoradas, contaram ao Distrito do Esporte como separam o profissional do pessoal, suas expectativas para o futuro e como é namorar dentro da equipe.
Juntas há quatro meses, elas explicam que a equipe do Minas Brasília não enfrentou nenhum problema com o relacionamento delas. Além disso, ressaltam a importância de auxiliar outras pessoas no processo de se assumirem e expressam o desejo de que a orientação sexual de cada indivíduo seja cada vez mais respeitada.
A volante Monse revelou que estão juntas há quatro meses e, ao ser questionada se acredita que há menos preconceito nos dias de hoje, ela respondeu: “Eu acho que há menos preconceito, mas ainda é muito presente em nossa sociedade. No entanto, acredito que muitas pessoas respeitam, mesmo não concordando”, pontuou.
Quando questionada sobre suas expectativas para daqui a 10 anos em relação aos direitos da comunidade LGBTQIA+, Monse foi direta: “Espero que sejamos vistos de outra maneira e que sejamos respeitados. Que todos possam compreender a orientação sexual de cada indivíduo”, desabafou.
A lateral Hadri explicou que acha importante ter mais atletas assumidas que sirvam de inspiração para as pessoas. “Eu acredito que sim. Mas quero ajudar e não influenciar para que as pessoas sejam algo, e sim dar coragem para que elas possam ser quem realmente são”, concluiu. Hadri também afirmou que não sente pressão para ser porta-voz da comunidade e que nunca sofreu discriminação no futebol.
Em relação à conciliação do namoro com o trabalho, Hadri resumiu de forma simples: “É bem tranquilo, mas temos que saber separar e lidar com problemas pessoais quando surgem. E dentro de campo, sermos apenas profissionais”, resume Hadri.
