Por Danilo Queiroz e Rayssa Loreen
Os times envolvidos nas Séries A2 e A3 do futebol feminino ainda não trabalham com muitos detalhes sobre a organização das competições de acesso do Campeonato Brasileiro Feminino. Restando um mês para a bola rolar, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) sequer divulgou o cronograma de jogos dos dois torneios. O modus operandi, porém, repete o padrão adotado na última temporada.
No calendário nacional do futebol feminino divulgado pela CBF para a temporada 2023, as Séries A2 e A3 do Brasileirão estão marcadas para ter bola rolando a partir de 15 de abril, ou seja, dentro de trinta dias. Na ocasião, a segunda divisão vai ter a realização da primeira rodada da fase de grupos, enquanto o terceiro escalão do país vai realizar a fase inicial do mata-mata.
Cada vez mais consolidado nas competições femininas, o Distrito Federal, mais uma vez, terá participantes nos dois torneios. Na Série A2 da temporada de 2023, serão dois: o Minas Brasília e o Cresspom serão responsáveis por lutarem por uma vaga na elite nacional. Na Série A3, o Capital vai fazer a estreia em certames da modalidade organizados pela CBF.
Mesmo sem terem ideia de onde e contra quem vão jogar na primeira rodada do Brasileirão Feminino, os três clubes candangos seguem os trabalhos de preparação. Time mais experiente em competições organizadas pela CBF, o Minas Brasília treina há praticamente um mês com as jogadores sob a tutela do técnico Rodrigo Campos. O Capital começou a trabalhar em 8 de março.
Presidente do Minas Brasília, Nayeri Albuquerque crê em rápida divulgação das rodadas. “A CBF mandou essa semana o ofício para confirmarmos a participação na Série A2. Acredito que os clubes encaminharam. Tinham até quarta-feira. Creio que a tabela saia na próxima semana. À priori, a encaminharam o calendário 2023 e estão cumprindo em outros torneios. Os clubes tem previsão de data, mas não tem a tabela”, destacou.
Mesmo crendo que não haverá mudança de datas, Nayeri cita prejuízos de ainda não ter a tabela em mãos. “Prejudica, de certa forma, porque os clubes precisam estudar os adversários. Implica mais nessa questão para termos uma preparação mais direta. Esperamos que não tenha atraso, até porque estamos fazendo pré-temporada pensando no início em abril. Nos atrapalha nesse sentido. A gente não consegue direcionar melhor em relação aos adversários”, citou.
Mesmo problema
A espera por detalhes dos torneios nacionais tão próximo da data de início, entretanto, não é um problema exclusivo da temporada 2023. No ano passado, os clubes candangos também tiveram de aguardar a CBF divulgar a tabela, faltando pouco para a bola rolar nas Séries A2 e A3 do Brasileirão Feminino. Na ocasião, a definição foi divulgada com apenas nove dias de antecedência.