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terça-feira, 5 de novembro de 2024

Conheça Cássia França, árbitra assistente nascida em Taguatinga

Profissional de 27 anos de idade, Cássia teve seu primeiro contato com arbitragem em 2017 e está no quadro da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) desde 2020

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Nesta quarta-feira, dia 8 de março, é comemorado o Dia Internacional da Mulher. Nos últimos anos, as mulheres têm ganhado um espaço importante no cenário esportivo no mundo inteiro. O Futebol Feminino está com mais visibilidade e outras ocupações dentro das quatro linhas também estão sendo preenchidas pelas mulheres. Conheça Cássia França de Souza, árbitra assistente do Distrito Federal.

Nascida em Taguatinga, Região Administrativa número 3 do quadradinho, Cássia é profissional de Educação Física e já sonhava em trabalhar no meio esportivo desde criança. Em conversa com a reportagem do Distrito do Esporte, a árbitra assistente contou que queria ser jogadora de futebol profissional, porém, acabou seguindo no meio futebolístico atuando como parte do corpo de arbitragem em jogos profissionais.

Cássia França de Souza - Árbitra Assistente - FFDF - CBF
Cássia França atuando no confronto entre Cresspom x Corinthians, pela Série A1 do Brasileirão. Foto: Jéssika Lineker/Distrito do Esporte

Cássia França de Souza contou como surgiu a oportunidade de trabalhar com arbitragem no futebol e com qual idade se interessou pela profissão. “Primeiramente tive um convite para fazer um Curso de Árbitros em 2017 pelo assistente da Confederação Brasileira de Futebol Daniel Henrique. Depois que conclui o curso, tive a oportunidade de trabalhar como árbitra assistente”, começou.

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“Iniciei no Sindicato dos Árbitros de Futebol do Distrito Federal (SAF-DF) e logo após atuei pela Federação de Futebol do Distrito Federal (FFDF). O interesse surgiu quando eu tinha 22 anos”, concluiu. No quadro de árbitros da CBF desde 2020, Cássia contou que o melhor jogo de sua carreira foi na Série A2 do Campeonato Brasileiro daquela temporada. O confronto foi entre Real Brasília x Vasco, no Estádio Defelê, na Vila Planalto.

Na temporada seguinte, a profissional trabalhou em diversas competições locais e nacionais, como o Brasileirão Sub-17, Sub-20, Série D e nas Séries A1 e A2 do Campeonato Brasileiro Feminino. Em 2023, a árbitra assistente atuou em dois confrontos do Candangão e em jogos nacionais como Real Brasília x Palmeiras, São Francisco x Ypiranga e Real Brasília x Avaí/Kindermann.

Cássia França de Souza - Árbitra Assistente - FFDF - CBF
Cássia França atuando no confronto entre Real Brasília x Corinthians, pela Série A1 do Brasileirão. Foto: Jéssika Lineker/Distrito do Esporte

A profissional de arbitragem falou sobre um sonho que ainda não foi realizado dentro do futebol. “Tenho o sonho de atuar na Série A do Campeonato Brasileiro e, futuramente, uma Copa do Mundo Feminina”. Neste ano, quatro brasileiras representarão a arbitragem brasileira no mundial: Edina Alves (árbitra central), Neuza Back e Leila Cruz (auxiliares), e Daiane Muniz (árbitra de vídeo).

Inclusive, Leila Naiara da Cruz será a representante do Distrito Federal na Copa do Mundo Feminina. Assim como Cássia França, a profissional também atua como árbitra assistente e embarcará rumo a Austrália e Nova Zelândia para a competição mais importante do mundo da categoria. Leila também trabalhou em partidas do Candangão da atual temporada.

No Dia Internacional da Mulher, Cássia falou sobre a posição feminina dentro deste meio profissional. “As mulheres conquistaram seu espaço com muito esforço e dedicação. Tem muito talento e merecem oportunidades”. A auxiliar ainda disse que o ambiente da arbitragem ainda existe muito preconceito e desrespeito com as mulheres, inclusive, ouvindo ofensas como “lugar de mulher é no fogão”.

Em um espaço machista, árbitras assistentes como Cássia França de Souza, entre muitas outras profissionais, ainda lutam por igualdade e que não haja preconceito neste meio. O crescimento das mulheres no meio esportivo está acontecendo e, em um futuro próximo, terão mais oportunidades e serão respeitadas como devem ser.

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