A noite de quarta-feira (2/3) foi iluminada na Arena BRB Mané Garrincha. Campinense e Grêmio se enfrentaram pela Copa do Brasil em Brasília e mais de nove mil pessoas foram ao estádio. Entre elas, tinha torcedor do Internacional para secar e um gremista mirim assistindo ao tricolor gaúcho pela primeira vez.
O confronto foi melhor para o Grêmio. O grupo comandado por Renato Gaúcho dominou desde a etapa inicial e marcou dois gols que levaram a torcida à loucura. Por outro lado, o goleiro Otávio Passos impediu uma goleada adversária depois de fazer grandes defesas, também dando um pingo de felicidade para os torcedores.
Os Raposeiros de Brasília
A tradição pegou forte na família de Diego Fernandes. Vindo da Paraíba, ele ensinou a paixão pelo Campinense para o filho, Diego Filho, e para a esposa, Carolina Vilas Boas. A família comentou que costuma ir aos jogos no Mané Garrincha, mas que ver o rubro-negro em campo era especial. “Está valendo só de ver o Campinense aqui em um estádio grande e disputando com time da Série A”, comentou Carolina.
A experiência também foi inédita para o filho do casal, Diego Filho. Em outra oportunidade, a criança ficou bem perto de ver o time do coração em campo, mas não conseguiu. Além da equipe do coração nos gramados de Brasília, ele destacou outro motivo para estar feliz na arquibancada: “Também vim para ver o Luis Suárez, claro”, vibrou.
Sangue azul, branco e preto
Os vizinhos do Distrito Federal também saíram de casa para acompanhar o encontro entre Campinense e Grêmio. Após cerca de duas horas de viagem, os 12 moradores de Cristalina chegaram à arena candanga para acompanhar o Grêmio. A biomédica Carol Barroa fez questão de levar o filho para ver um jogo no estádio pela primeira vez. Bento tem o pai corintiano, mas a mãe cravou que ele será gremista roxo. “É uma sensação de satisfação. Estamos na pós-pandemia e ele na estava convivendo com isso antes. Se depender da gente, vamos sempre ensinar esse espírito esportivo. Queremos firmar a tradição do sul mesmo ele tendo nascido em Goiânia”, disse.
A história dessa família vai muito além. O irmão de Carol, Luiz Henrique, de 45 anos, é deficiente visual. Para acompanhar os lances, ouve a partida pelo rádio. E conta com o pai, também Luiz, para narrar os acontecimentos. “Sou gremista roxo e firme. A última vez que fui ao estádio foi em 2017, na final da Libertadores. E agora estou matando a saudade. É emocionante estar junto da torcida e sentir essa emoção com a família é melhor ainda”, afirmou.
Família pé-frio
A Copa do Brasil em Brasília contou com muita gente.Teve torcedor do Campinense. Teve torcedor do Grêmio. E também teve Colorado. A torcida do Internacional, em um número simbólico, marcou presença no Mané Garrincha para secar o Grêmio. O estudante Rodrigo Pain, acompanhado da mãe, namorada e irmã mais nova, tirou o dia para torcer contra o tricolor gaúcho. “O rival veio jogar na nossa cidade e a gente tem que vir para azarar um pouco. Tem que ter essa rivalidade e aproveitar esse tipo de jogo no estádio”, disse. Rodrigo aproveitou, ainda, para pedir jogos do Internacional em Brasília.
A empresária e mãe de Rodrigo ainda reforçou a questão da rivalidade. Ainda durante o duelo, ela conseguiu avistar os amigos gremistas do outro lado da arquibancada. “Eles vieram para torcer para o Grêmio e a gente veio para secar. Faz parte da história do Inter e Grêmio”, concluiu.
Grenal na próxima rodada…
As duas equipesg voltam a campo no próximo final de semana. No sábado (4/3), o Campinense recebe o Ferroviário pela Copa do Nordeste. O confronto é válido pela sexta rodada e será disputado às 17h30, em Campina Grande. Já o Grêmio volta as suas atenções para o Campeonato Gaúcho. No domingo (5/3), o Tricolor entra em campo para disputar o Grenal. O duelo será na Arena do Grêmio, às 20h.
