Em âmbito nacional, a cultura de demissão de treinadores é algo rotineiro, porém, existem exceções à regra. No alto de seus 52 anos, Adelson de Almeida alcançará o expressivo número de 300 jogos como treinador do Ceilândia. Com ampla identificação com a camisa alvinegra e várias glórias com o Gato Preto, o folclórico comandante ceilandense coleciona momentos históricos.
Conquistados em 2010 e 2012, os únicos dois títulos do Candangão presentes na galeria de troféus do Ceilândia foram sob o comando de Adelson de Almeida. Com nomes conhecidos como o de Dimba, Allan Delon e Cassius, o treinador conseguiu superar os favoritos hegemônicos do futebol local Gama e Brasiliense.
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Desde a primeira passagem entre 2010 e 2018, Adelson coloca o Gato Preto na primeira prateleira do esporte bretão no Distrito Federal e até mesmo nacional. Se o acesso à Série C ainda não veio, a participação na Copa do Brasil de 2022 ficará certamente marcada na memória dos torcedores da cidade mais populosa da capital federal.
A inédita classificação à terceira fase da competição contou com vitórias sobre equipes das séries A e B do Campeonato Brasileiro. Na primeira fase, a vítima da vez foi o Londrina. Triunfo alvinegro por 2 a 0, no Abadião. Na segunda fase do torneio nacional, debaixo de muita chuva, o Gato Preto conseguiu uma heroica classificação diante do Avaí, na Ressacada. A exímia jornada foi brecada somente diante do botafogo, na fase seguinte.
Prestes a alcançar a simbólica marca, Adelson demonstra gratidão. “Nunca imaginei que faria 100 jogos, quem dirá 300! De qualquer forma, com essa marca especial, se aproxima o fim de um ciclo. Sinceramente, chegar à 400 não fazem parte dos meus planos. Me sinto feliz e realizado com a marca”, disse o treinador. Em meio à celebração, o Ceilândia recebe o Brasiliense no estádio Abadião, neste domingo (29/1), às 15h45, na estreia das duas equipes no Candangão 2023.
