A Secretaria de Esportes do Governo do Distrito Federal não tratou, da mesma forma, Gama e Ceilândia na Copa São Paulo de Futebol Junior. Enquanto o Gama foi beneficiado com transporte terrestre para se deslocar para São Paulo, o Ceilândia não teve atendido seu pleito ao mesmo benefício e precisou custear, do bolso, a ida até São Paulo. Ambos os pedidos foram dentro do Compete Brasília, programa de incentivo ao esporte local.
Segundo o site do GDF, o programa Compete Brasília “Tem como objetivo estimular e fomentar as práticas desportivas formais e não formais, como incentivo à educação, promoção social, integração sociocultural e esportiva, a preservação da saúde física e mental, com a finalidade de obter resultados de superação ou de performance relacionados aos esportes e de integrar pessoas e comunidades do País e de outras nações, por meio da concessão de transporte aéreo (destinos nacionais e/ou internacionais) e/ou transporte terrestre (destinos nacionais).”
A ajuda já foi usada em outros anos por equipes do DF. O Gama solicitou no prazo, preencheu todos os requisitos e recebeu o suporte do programa.
A estranheza está no comportamento perante o Ceilândia. O time pediu o auxílio no prazo mínimo de 40 (quarenta) dias de antecedência à competição com a documentação pertinente. O Distrito do Esporte teve acesso ao protocolo de solicitação.
Segundo o protocolo enviado ao GDF, a delegação contaria com 10 membros de staff e 36 atletas. A saída prevista ocorreria no dia 30/12/2023, às 19h, e a volta em 25/01/2023, às 14h.
Pasta estava no comando de outra secretária
Ao tempo do pleito e de sua tramitação quem comandava a SEL era a antiga Secretária, Giselle Ferreira, hoje à frente da pasta de Mulheres. Ela foi substituída no final de dezembro por Júlio César.
No arbitral do Candangão 2023, Giselle compareceu ao evento e foi bastante cobrada pelos presidentes presentes sobre a situação dos estádios administrados pelo GDF, além de outras questões. Luiz Felipe Belmonte do Real Brasília, Luis Estevão do Brasiliense e Ari de Almeida do Ceilândia foram os que mais questionaram a secretária.
Segundo fontes do Distrito do Esporte, a Secretaria de Esportes informou ao Ceilândia que não teria verba para arcar com os custos do transporte. “No momento, estamos sem contrato para o Transporte Terrestre, devido à utilização total de Orçamento. Sendo assim, informamos acerca do indeferimento ao atendimento de sua solicitação”, disse a secretaria em documento a que a reportagem teve acesso.
A reportagem procurou a Secretaria de Esportes via assessoria de imprensa. O órgão afirmou que “A Secretaria de Esporte e Lazer informa que o programa Compete Brasília não recebeu o pedido por meio do sistema https://portal.esporte.df.gov.br/ ou via protocolo do Ceilândia Futebol Clube.”