Por Bruno H. de Moura e Danilo Queiroz
Conhecemos Gael no colo de sua mãe, Nathalia. Desde o primeiro encontro de olhares ele sorriu. Não com a boca, com os olhos. Um olhar vívido, sensível, alegre. Um olhar de felicidade, de intensidade.
Esse foi Gael, durante sua curta, mas memorável passagem neste planeta que transborda tristeza e carece de alegria.
Filho de João Marcelo, sócio do Distrito do Esporte, e Nathalia Dias, jornalista, Gael abrilhantava a vida dos seus pais, avós, tios e amigos, desde setembro de 2020.
Gael sentiu o calor humano e os dessabores do Rio de Janeiro antes de mudar-se para Brasília, em janeiro, com seus pais. Já na creche, adorava estar e brincar com seus amiguinhos. Era sociável, dom que puxou dos pais.
Curioso, Gael sempre estava atrás do desconhecido e, quando menos esperava, encontrava uma novidade para se entreter. Ativo e altivo, certa feita adentrou, do nada, no carro de um dos autores desse texto – que estava com as portas fechadas – e quando vimos já quase dava partida no veículo.
A curta passagem de Gael foi interrompida pela maldita Covid-19, que o acometeu e o levou a um quadro de pneumonia. Após intensa luta sua e da equipe médica, acabou por nos deixar na última sexta-feira (10/06). Gael é mais um entre os 667 mil brasileiros que vieram a óbito por conta da maldita doença. Por sua tenra idade, ainda não podia se vacinar, o único método que realmente salva.
Mas Gael não é uma mera estatística, mais um entre tantos. Nem ele, nem ninguém, são só números. Gael foi uma criança linda, pura, alegre, feliz. Na alma de seus pais, que sofrem a dor da perda e de que nos solidarizamos, ele sempre viverá.
Gael deixa pai, mãe, tios, tias e uma legião de amigos.
O Distrito do Esporte decreta luto oficial de 3 (três) dias.