Foi bom enquanto durou.
Numa campanha muito acima das expectativas, o Ceilândia se despediu na noite desta quinta-feira (12/05) da Copa do Brasil 2022. Derrotado pelo Botafogo num duplo placar de 3-0, o Gato Preto aguentou enquanto pode um time muito acima tecnica, física e financeiramente.
As classificações sobre Londrina e Avaí, times de Série B e A, respectivamente, demonstram como foi boa a campanha do time da Ceilândia que chegou até onde deu. E faturou consideráveis R$ 3,270 milhões para as próximas competições, mudando as chances do Gato Preto no seu foco no ano: Série D para subir à Série C.
Na primeira etapa, o Ceilândia executou sua proposta de jogar na velocidade dos contra-ataques e aguardar vacilos do Botafogo, que ocorreram. Porém, a desatenta arbitragem de Ricardo Marques custou um lance que poderia mudar o jogo, ainda no zero a zero, quando deveria ter expulso o goleiro do fogão por tocar com a mão fora da área. Mas o Botafogo, que nada tem com isso, aproveitou os espaços do time do DF e Patrick de Paula abriu o placar.
No segundo tempo o Ceilândia até esboçou uma reação no começo, mas a diferença entre ambos pesou. Quase sempre na defesa, ou correndo atrás da velocidade do Botafogo, o time do DF teve lampejos com Matheus Falero, especialmente. Mas não suficientes para balançar as redes Douglas Borges, nem segurar o ímpeto de Matheus Nascimento, partícipe dos 3 gols do Fogão.
1º Tempo: Com erros de arbitragem, Botafogo abre vantagem
Nos 10 primeiros minutos de jogo o meio de campo era a área de controle. O Botafogo procurava as jogadas com Patrick de Paula e Romildo, enquanto o Ceilândia, mais recuado, usava Matheus Falero na velocidade pela esquerda.
Aos 15′, Diego Gonçalves do fogão, na ponta, por dentro, viu espaço no ângulo direito e bateu forte pro goleiro Matheus Kayser encaixar.
5 minutos depois o Ceilândia teve uma chance que não se perde. Falha na marcação do Botafogo em dividir a bola com Filipinho, ela sobrou para Matheus Falero, com espaço de sobra, cara a cara com o goleiro, chutar errado no canto e ver a perna direita do estreante Douglas Borges defender.
Aos 32′, após um marasmo no jogo, o Ceilândia armava a jogada pelo ataque, ligação direta com Filipinho que, antes de receber a bola, viu o goleiro Douglas Borges sair e meter a mão na bola de fora da área. Na frente da jogada, Ricardo Marques ignorou e deixou o jogo rolar, em jogada que era de expulsão do goleiro.
E aos 35′ novo erro, dessa vez contra o Botafogo. Na risca da área, Matheus Nascimento recebe carga por trás, cai e o árbitro deixa seguir.
O Fogão seguia na pressão. Pelos cantos, pelo meio. O Ceilândia, todo atrás, se segurava. Até Romildo armar pela direita, deixar para Matheus Nascimento que chutou forte. Kayser foi pra bola e defendeu bem, mas desconstruída a defesa, a bola sobrou para Patrick de Paula, livre, disparar no fundo da rede. Botafogo 1-0 Ceilândia.
2º Tempo: Matheus Nascimento desencanta e anota mais 2
Logo na volta do intervalo Luís Castro sacou Saraiva e colocou Daniel Borges. Mas a primeira chance foi do Gato Preto em chute de longe de Matheus Falero defendido por Douglas Borges.
Aos 7′, Patrick de Paula construiu jogada na entrada da área com Matheus Nascimento, recebeu ela de volta, mas pegou chapado e a bola subiu por cima da meta. Grande chance perdida pelo Fogão.
Vendo seu time sem muita evolução na segunda etapa, Adelson de Almeida decidiu tirar Roberto Pitio e Fernandinho e renovar o time com Gabriel Pedra e Peninha. Minutos depois, Luís Castro pôs Rikelmi na posição de Diego Gonçalves, que pouco havia feito.
Aos 19′ Falero puxou contra-ataque, mas o time do DF perdeu a jogada no meio. Matheus para Piazon, Piazon para Chay. Equanto isso, Matheus Nascimento que se embricou na área do Gato Preto e, livre, recebeu passe de Chay para ampliar o placar. Botafogo 2-0 Ceilândia.
Dois gols atrás no jogo, 5 na contagem do confronto, o Ceilândia mudou no atacado. China, Dudu e Filipinho foram embora. Werick, Gleissinho e Maycon adentraram no gramado.
O Gato Preto até melhorou, mas não o bastante para mudar o panorama do jogo. Esparçamado no campo, o Ceilândia deixava espaços que propiciam jogadas de infiltração do Botafogo. 3 dessas foram assinados impedimentos.
Aos 34”, Matheus Faleiro em velocidade entrou pela esquerda da da área do e, de diagonal, bateu para fora. Aos 36”, noutra trama pelos lados, Matheus Nascimento na área do Ceilândia mandou rasteiro no gol de Kayser que foi morto por desvio na defesa que lhe custou o terceiro gol do Fogão. Botafogo 3-0 Ceilândia.
O Fogão cozinhava o Gato Preto em fogo baixo. Atacava quando queria e, nos espaços que dava, contava com os erros de pontaria do adversário. Maycon ainda assutou a meta de Douglas Borges aos 46 com chute forte, de longe, obrigando o goleiro do Botafogo a fazer grande defesa. Mas não tinha como mudar o placar, final, de outro 3-0 a favor do time da estrela solitária.
Botafogo: 3
Douglas Borges; Saraiva (Daniel Borges), Joel Carli, Kanu, Hugo (Niko); Romildo (Kayque), Patrick de Paula ⚽🟨, Chay🟨; Lucas Piazon, Matheus Nascimento⚽⚽, Diego Gonçalves (Rikelmi)
Tec. Luís Castro
Ceilândia: 0
Matheus Kayser; Gabriel Vidal, Fernando Gomes, Igor Ribeiro, China (Gleissinho); Dudu (Werick), Geovane, Matheus Falero, Filipinho (Maycon), Fernandinho (Peninha); Roberto Pitio (Gabriel Pedra)
Tec. Adelson de Almeida
arbitragem
Árbitro principal: Ricardo Marques Ribeiro
Assistente 1: Celso Luiz da Silva
Assistente 2: Marcus Vinícius Gomes
Quarto árbitro: João Ênnio Sobral